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Justiça do Egito manda executar 31 pessoas por morte de procurador-geral

Procurador-geral do Egito, Hisham Barakat, foi assassinado em junho de 2015. Dos 31 réus, 15 estão foragidos; ao todo 67, tinham sido acusados.

17/06/2017 13:20

Um tribunal penal do Cairo condenou, neste sábado (17), 31 pessoas à morte, supostamente envolvidas no assassinato do procurador-geral do Egito, Hisham Barakat, em junho de 2015, de acordo com informações passadas à Agência Efe por fontes judiciais.

As sentenças serão remetidas ao mufti egípcio que deverá se pronunciar sobre as condenações.

A Justiça vai definir na próxima sessão, no dia 22 de julho, quando anunciará a sentença definitiva dos 31 réus, 15 dos quais estão foragidos, segundo a agência oficial "Mena". Ao todo, 67 foram acusados de envolvimento na morte de Barakat.

Os condenados são acusados de assassinato premeditado e sabotagem, de pertencer a um grupo terrorista, em uma clara alusão à Irmandade Muçulmana, de se unir a uma organização terrorista estrangeira e de espionagem para o movimento palestino Hamas. Além de posse e fabricação de explosivos, porte ilegal de armas automáticas e brancas, bem como cruzar ilegalmente a fronteira.

Foto de arquivo mostra quipes de emergência inspecionando local de explosão que atingiu o comboio do procurador-geral do Egito no Cairo (Foto: Ahmed Hatem/AP)

Segundo as investigações lideradas pelo atual procurador-geral, Nabil Ahmed Sadeq, substituto de Barakat, os envolvidos pertencem ao grupo "terrorista da Irmandade Muçulmana".

De acordo com Sadeq, eles colaboraram com o movimento islâmico palestino Hamas e líderes da Irmandade Muçulmana, que estão foragidos no exterior, com o objetivo de planejar ataques contra autoridades para gerar caos e derrubar o governo egípcio.

Além disso, acrescenta, receberam instruções em acampamentos do Hamas na preparação de explosivos e monitoramento de personalidades, entre elas Barakat, que morreu em um atentado com um veículo cheio de explosivos no Cairo.

O ministro do Interior do Egito, Magdy Abdel Ghaffar, acusou a Irmandade Muçulmana e o Hamas de planejar e executar o ataque, mas os dois grupos negaram a participação no crime.

O atentado, considerado o mais grave contra o Judiciário no Egito, deixou Barakat gravemente ferido, e ele morreu pouco tempo depois em um hospital, além de vários dos seus guarda-costas e alguns civis.

Barakat, que tinha 65 anos, foi nomeado para o posto em julho de 2013, após a derrocada militar do presidente Mohamed Morsi.

Fonte: G1
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