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Governo da Turquia ordena o fechamento de 45 jornais e 16 emissoras de TV

Como informa a agência Reuters, além das medidas contra imprensa, um total de 1.684 militares foram dispensados.

27/07/2016 17:50

Um decreto publicado no Diário Oficial da Turquia ordena o fechamento de 45 jornais, 16 emissoras de TV e 23 estações de rádio, segundo notícia divulgada nesta quarta-feira (27) pela agência oficial Anadolu.

Mais cedo nesta quarta-feira (27), as autoridades turcas emitiram mandados de prisão para 47 antigos executivos e jornalistas do jornal "Zaman", como parte da investida contra suspeitos de apoiar o clérigo islâmico Fethullah Gülen, que vive nos Estados Unidos e é acusado  pelo governo de Recip Tayyip Erdogan de estar por trás da tentativa de golpe militar de 15 de julho na Turquia.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan (Foto: Foto: Presidência da República da Turquia)

Ao menos um jornalista, o ex-colunista Sahin Alpay, foi detido em sua casa na manhã desta quarta, segundo a agência de notícias estatal Anadolu. O jornal, que já foi ligado ao movimento religioso de Gülen, está sob tutela estatal desde março, quando adotou uma linha pró-governo.

Como informa a agência Reuters, além das medidas contra  imprensa, um total de 1.684 militares foram dispensados.

As decisões devem aumentar ainda mais a preocupação entre grupos de direitos e aliados ocidentais da Turquia sobre o alcance do expurgo do presidente Erdogan. Esta semana, o grupo de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional (AI) afirmou que há provas concretas de abusos e de uso de tortura na Turquia contra pessoas detidas depois da tentativa de golpe de Estado.

Algumas das pessoas estão sofrendo "espancamentos e torturas, incluindo estupros, em centro oficiais e não oficiais em todo o país", afirmou, em comunicado, a organização com sede em Londres.

O presidente turco também, tem dado declarações sobre o restabelecimento da pena de morte no país. Dois dias após a tentativa do golpe militar, Erdogan disse que não deveria haver nenhum atraso no uso da pena capital no país. Ele acrescentou que o governo iria discutir a questão com partidos de oposição.

Fonte: G1
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