No segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), candidatos que fizeram a prova em Teresina relataram dificuldade para responder as 90 questões de matemática, química, física e biologia. O sistema, utilizado como principal forma de ingresso nas universidades públicas, é o termômetro do conhecimento dos mais de 6 milhões de inscritos nesta edição.

Para o estudante de enfermagem, Diego Madeira, o novo método de aplicação das provas em dois domingos é um dos pontos negativos desta edição. Segundo ele, ter que fazer a prova durante dois finais de semana faz com que o candidato fique sobrecarregado. “A prova ficou mais pesada assim”, destaca. O estudante, que pretende cursar arquitetura, revela que as questões de exatas e biológicas estavam mais difíceis do que em anos anteriores. “Eu faço todos os anos para testar os meus conhecimentos, e esse ano estava muito difícil”, afirma.

 ^{“A prova ficou mais pesada assim”, diz estudante Diego Madeira. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)}

Quem fez o Enem pela primeira vez também sentiu dificuldade em responder as 90 questões. É o caso do estudante do 2º ano do Ensino Médio, Andrei Rocha. De acordo com Andrei, as perguntas de química foram as vilãs nesta edição. “A prova está muito difícil. A parte de química, principalmente química orgânica, estava muito difícil”, relata. Assim como Andrei, o estudante do 1º ano do Ensino Médio, Djalma Veloso, também teve dificuldades em solucionar as questões de química orgânica. “Já a parte de matemática estava mais fácil”, diz o estudante que pretende cursar engenharia civil.

^{Djalma Veloso teve dificuldades em solucionar as questões de química orgânica. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)}

Já a acadêmica de Serviço Social, Raimunda Marques, conta que a prova estava no mesmo nível dos anos anteriores. “A parte que tive mais dificuldade foi em matemática, mas não teve muita diferença entre os outros anos”, declara. 

^{A acadêmica de Serviço Social, Raimunda Marques, conta que a prova estava no mesmo nível dos anos anteriores. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)}

Falta de energia

Os alunos que foram prejudicados pela falta de energia em uma faculdade particular, na zona Leste de Teresina, no primeiro dia de Enem, fizeram neste domingo a primeira prova no Exame. Isto porque, por conta da falta de energia os estudantes não puderam fazer a prova de redação e linguagens, que será reaplicada em uma nova data, no dia 12 de dezembro. Ao todo, 767 estudantes foram afetados pela falta de energia e poderão participar da reaplicação das provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; e redação. 

A reportagem do O Dia esteve no local neste domingo e, de acordo com os próprios alunos, não foi registrada nenhuma ocorrência. Arinda Costa é uma das candidatas a fazer prova na faculdade. Mesmo tendo feito uma boa prova, a estudante relatou se sentir prejudicada por causa do ocorrido, uma vez que já havia se preparado para o exame no domingo anterior. "Prejudica um pouco, porque a gente veio com o psicológico preparado e na hora não aconteceu. Agora é ter que esperar chegar dezembro para fazer a prova de novo", afirma Arinda Costa.

Esquema garante segurança no segundo dia de provas do Enem

Um esquema de segurança montado pelo Centro Integrado de Comando e Controle, sediado na Secretaria de Segurança Pública do Piauí, garantiu que a realização das provas do Enem 2017 corressem dentro do esperado.

Para isso, três delegacias móveis foram disponibilizadas e instaladas em pontos estratégicos de Teresina: a Faculdade Santo Agostinho, Universidade Federal do Piauí e Uninovafapi. Além disso, cerca de 864 policiais estavam dispostos em diversos locais de provas em todo o Piauí, incluindo também guarnições de ronda, 25 viaturas extras na Capital e um helicóptero à disposição, em caso de necessidade. 

^{Esquema garante segurança no segundo dia de provas do Enem. (Foto: Divulgação/SSP)}

Segundo Raimunda Marques, que realizou prova em uma faculdade particular, houve muita exigência na entrada da instituição, com relação ao exame do domingo passado. Para ela, essa atitude é uma das formas evitar irregularidades. “Houve mais exigência, mas não podemos reclamar, porque sabemos que isso é para a nossa segurança”, relata.

Por: Nathalia Amaral, com informações de Isabela Lopes.