O teresinense teve que
trabalhar 89h50min para conseguir pagar a cesta básica na Capital durante o mês
de julho, é o que aponta o levantamento mensal apresentado pelo Dieese
(Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). Apesar
de ter tido uma redução de 1,74%, a cesta básica em Teresina custou R$ 382,39 no
mês passado e seu valor consumiu 44,39% do salário mínimo líquido do
trabalhador.
A cesta básica em Teresina é a 15ª mais cara do Brasil. Dos 13 produtos que a compõem, apenas o tomate e a manteiga tiveram alta nos preços em relação a junho. O primeiro, com uma variação de R$ 0,70 e o segundo com uma variação de R$ 0,64.
Foto: Marcelo Camargo/ Fotos Públicas)
O açúcar se manteve com o preço estável, mas a carne, o leite, o arroz, o feijão a farinha, a batata doce, o pão, o café, a banana e o óleo apresentaram redução de preço. A maior diminuição se verificou no preço da banana (- 5,96).
Já na variação acumulada ao longo do ano, foi o arroz que teve a maior redução de preço (- 49,28%) seguido do leite (- 14,95%). Já produtos como o café e o tomate registraram altas consideráveis de preço ao longo dos primeiros sete meses de 2017: 20,64% e 18,13%.
O estudo do Dieese é feito pegando-se a cesta básica mais cara que, em julho, foi a de Porto Alegre, em consideração à determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Em julho, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.815,36 ou quatro vezes o mínimo de R$ 937,00.
Por: Maria Clara Estrêla