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Produção industrial interrompe 34 meses de queda e cresce 1,4% em janeiro

Dados foram divulgados pelo IBGE na manhã desta quarta-feira

08/03/2017 09:22


Linha de produção da Volkswagen em São Bernardo do Campo - MARCOS ISSA / Marcos Issa/Bloomberg News

RIO - A produção industrial iniciou 2017 interrompendo 34 meses consecutivos de quedas e registrou alta de 1,4% em janeiro, em relação ao mesmo mês do ano passado. O mercado esperava queda de 0,5%. Em relação a dezembro, o setor ficou estagnado, tendo um ligeiro recuo de 0,1%, em relação a dezembro. O mercado previa recuo de 0,8%.


Em janeiro do ano passado, o setor teve uma leve alta, de 0,4% frente a dezembro de 2015, a primeira depois de sete meses de quedas nessa comparação. Em dezembro, a atividade avançou 2,3% em relação a novembro. Em 12 meses, a atividade acumula queda de 5,4%. Os dados foram divulgados pelo IBGE na manhã desta quarta-feira.

A indústria registrou em 2016 o terceiro ano seguido de retração, com a produção encolhendo 6,6% no período. A queda teve perfil disseminado de taxas negativas entre as quatro grandes categorias econômicas, entre 23 dos 26 ramos pesquisados e 63 dos 79 grupos. Também caiu a produção de 72% dos 805 produtos verificados pelo IBGE no ano passado.

Em relação a janeiro do ano passado, todos os quatro grandes grupos tiveram resultados positivos, 16 dos 26 ramos, 47 dos 79 grupos e 52,8% dos 805 produtos pesquisados.

Bens de capital (3,3%) e bens de consumo duráveis (3,2%) assinalaram os avanços mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (2,1%) e de bens intermediários (0,8%) também mostraram taxas positivas, com o primeiro registrando expansão acima da magnitude observada na média nacional (1,4%); e o segundo apontando o crescimento mais moderado entre as grandes categorias econômicas.

Entre as atividades, indústrias extrativas (12,5%) exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionada, em grande parte, pelos itens minérios de ferro, óleos brutos de petróleo e gás natural. Outras contribuições positivas relevantes

sobre o total nacional vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (5,2%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (18,0%), de celulose, papel e produtos de papel (6,9%), de produtos alimentícios (1,6%), de metalurgia (4,2%), de

confecção de artigos do vestuário e acessórios (13,3%), de produtos têxteis (10,8%), de outros produtos químicos (2,2%) e de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (5%).

Entre as dez atividades que apontaram redução na produção, a principal influência no total da indústria foi registrada por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-11,1%), pressionada, em grande parte, pelo item óleo diesel. Também caíram máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,6%), máquinas e equipamentos (-4,9%), produtos de metal (-6,2%) e outros equipamentos de transporte (-9,4%).




Fonte: O GLOBO
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