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Produção da indústria tem leve alta em fevereiro, diz IBGE

No entanto, frente a fevereiro de 2016, a atividade fabril caiu 0,8%. Em 12 meses, a produção industrial acumula queda de 4,8%.

04/04/2017 09:18

Operário da indústria de base de Sertãozinho (SP), movimentada pela alta do açúcar (Foto: Reprodução/EPTV)
Operário da indústria de base de Sertãozinho (SP), movimentada pela alta do açúcar (Foto: Reprodução/EPTV)

Em fevereiro, a produção da indústria brasileira registrou variação positiva de 0,1% em relação a janeiro.

No entanto, frente a fevereiro de 2016, a atividade fabril caiu 0,8%, após avançar 1,4% em janeiro, quando interrompeu 34 meses consecutivos de resultados negativos nesse tipo de comparação. Em 12 meses, a produção industrial acumula queda de 4,8%, permanecendo no ritmo de queda que começou em junho de 2016 (-9,7%). Nos dois meses de 2017, a indústria variou positivamente 0,3%.

Os números foram divulgados nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Setores

Na passagem de janeiro para fevereiro, as taxas positivas foram registradas em três das quatro grandes categorias econômicas e em 13 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, os principais impactos positivos foram registrados por veículos automotores, reboques e carrocerias (6,1%) e máquinas e equipamentos (9,8%), com ambos revertendo os recuos observados no mês anterior: -8,4% e -6,1%.

Outros destaques positivos sobre o total nacional vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,0%), de produtos de metal (4%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,8%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (3,4%).

Por outro lado, entre os 11 ramos que reduziram a produção, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por produtos alimentícios (-2,7%), que interrompeu dois meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 1,8%. Outras contribuições negativas vieram de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-3,7%), de celulose, papel e produtos de papel (-5,6%), de metalurgia (-1,9%) e de indústrias extrativas (-0,5%).

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (7,1%) e bens de capital (6,5%) apontaram os resultados positivos mais acentuados em fevereiro, com o primeiro eliminando o recuo de 4,8% assinalado em janeiro e o segundo recuperando parte da perda de 7% registrada nos meses de dezembro de 2016 e janeiro de 2017.

O segmento de bens intermediários (0,5%) também apontou avanço e completou a 4ª taxa positiva consecutiva, acumulando expansão de 3,6%. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,6%) mostrou a única taxa negativa em fevereiro e devolveu parte do ganho de 7,2% acumulado nos meses de dezembro de 2016 e janeiro de 2017.

Frente a 2016

Na comparação com fevereiro de 2016, os resultados foram negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 26 ramos, 46 dos 79 grupos e 53,2% dos 805 produtos pesquisados. De acordo com o IBGE, fevereiro teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior. Entre as atividades, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-10,7%) e produtos alimentícios (-6%) exerceram as maiores influências negativas, pressionadas, em grande parte, pelos itens óleo diesel, naftas para petroquímica e gasolina automotiva, na primeira; e açúcar cristal e refinado de cana-de-açúcar, sucos concentrados de laranja, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas e rações, na segunda.

Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de outros produtos químicos (-3,6%), de outros equipamentos de transporte (-11,4%), de produtos de minerais não-metálicos (-4,3%), de impressão e reprodução de gravações (-16,3%), de produtos de metal (-4,1%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-8,0%), de celulose, papel e produtos de papel (-3,4%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,7%).

Por outro lado, entre as nove atividades que apontaram aumento na produção, a principal influência foi registrada por veículos automotores, reboques e carrocerias (18,7%), impulsionada, em grande parte, pelos itens automóveis, veículos para transporte de mercadorias e autopeças. Houve resultados positivos vindos ainda de indústrias extrativas (4,7%), de máquinas e equipamentos (11%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (13,1%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (6,4%),

Fonte: G1
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