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Porto Seco do Piauí pode injetar até R$ 15 milhões na economia do Estado

Prefeitura assinou o termo de doação de um terreno no Polo Industrial Sul.

24/11/2015 13:56

O prefeito Firmino Filho e o governador Wellington Dias assinaram hoje (24) o termo de doação do terreno no Polo Industrial de Teresina para construção do Porto Seco do Piauí, local destinado a receber e armazenar produtos de exportação e importação de empresas do segmento logístico e de atacado que atuam no Estado.

De acordo com o prefeito Firmino Filho, a instalação do Porto trará inúmeros benefícios para o Piauí e deve injetar até R$ 15 milhões na economia do Estado quando estiver em total operação, o que deve acontecer dentro de cinco anos. “O objetivo do Porto Seco é inserir o Piauí nos grandes fluxos econômicos internacionais. Atualmente, o Estado responde por menos de 1% das exportações brasileiras, e nós queremos mudar essa realidade”, destaca Firmino.

O governador Wellington Dias disse que a assinatura do termo de doação significa um passo importante no atendimento a uma reivindicação antiga da classe dos alfandegários do Piauí e que a instalação do Porto Seco vai possibilitar a urbanização do Polo Industrial de Teresina com a construção de vias terrestres que garantam o melhor escoamento da produção que aqui chega e que daqui sai.

Para o presidente da Companhia de Terminais Alfandegados do Piauí (PORTO-PI), Ted Wilson de Barros, a previsão é de que o Porto Seco comece a operar até dezembro de 2016. Os próximos passos, segundo ele, são a abertura do processo licitatório para a construção do porto e o início do estudo de viabilização técnica e econômica que vai fundamentar e pleitear junto à Receita Federal a concessão para que o Piauí possa alfandegar.

“Hoje os exportadores e importadores do Piauí fazem isso em portos vizinhos, principalmente no Ceará, Maranhão e Pernambuco. Nós não temos ainda uma sede física porque não há concessão. Isso gera prejuízos para o Estado porque as taxas ficam lá e nós perdemos receitas altíssimas”, explica Ted Wilson (foto abaixo).

O presidente da Porto-PI acrescenta que, atualmente, o tempo médio para trazer uma mercadoria de portos vizinhos para o Piauí é de até 120 dias. Com o armazenamento desses produtos no Porto Seco, o importador pagará pelo tempo de permanência dessa mercadoria em solo piauiense. Ted Wilson explica ainda que iniciativa privada do Estado vai administrar 40% do Porto Seco. Os outros 60% restantes vão ser de responsabilidade do poder público.

Arrecadação

A Companhia de Terminais Alfandegados do Piauí estima que, este ano, a arrecadação do Piauí com taxas de exportação e importação atinja a cifra dos R$ 260 milhões. A PORTO-PI não deu previsões da arrecadação que o Porto Seco pode trazer para o Estado quando estiver operando alegando que a estrutura ainda está em fase de implantação.

Por: Maria Clara Estrêla
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