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PIB do Piauí aumenta 2,4% e cresce menos que o do Brasil

O ritmo de crescimento também diminuiu em relação a 2012.

19/11/2015 11:08

O Produto Interno Bruto do Estado do Piauí em 2013 apresentou expansão real de 2,4% em relação ao ano anterior. Em valores correntes, o resultado alcançado foi de R$ 31.240 milhões. O crescimento ficou abaixo que o PIB brasileiro, que atingiu R$ 5,3 trilhões em valores correntes de 2013, significando um crescimento de 3% em relação ao ano anterior.

O ritmo de crescimento do PIB no Piauí também diminuiu. Segundo o doutor em economia e presidente da Fundação CEPRO, Cezar Fortes, a taxa em 2012 foi de 5,3%. “O Piauí continua crescendo, só que o ritmo sofreu uma diminuição, decorrente, sobretudo, dos problemas enfrentados pela Agropecuária", explica.

Nos últimos três anos (2011 – 2013), segundo a pesquisa, o Piauí acumulou um crescimento de 13,4%, o que representa uma média anual de 4,46%. Assim, o PIB estadual em 2010 foi de R$ 22,3 bilhões, tendo alcançado R$ 31,2 bilhões no final do período. Por outro lado, o Brasil, no mesmo período, cresceu 9,1%, representando 3,0% ao ano em média.

O Piauí ocupa a 22ª posição no ranking das maiores economias do Brasil com 0,6% na participação da riqueza nacional, ganhando uma posição em relação ano de 2012 (23ª).

Os dados foram divulgados oficialmente pela Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí – Fundação Cepro, nesta quinta-feira (19). O trabalho é realizado em parceria e sob a coordenação do IBGE-RJ, utilizando metodologia padronizada para todos os estados brasileiros.

O PIB representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços produzidos e tem como principal objetivo mensurar a atividade econômica, numa determinada região e durante um período especifico de tempo.

PIB per capita

O resultado da divisão do PIB pela população residente no Piauí, ou seja, o PIB per Capita, também teve crescimento. Em 2013, o piauiense ganhou, em média R$ 9.811,04, ante R$ 9.056,89 em 2012.

Este dado é encaminhado oficialmente pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União – TCU, para utilização como um dos critérios de rateio do cálculo do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do FPM – Fundo de participação dos municípios. 

Agropecuária  

O setor agropecuário foi o principal responsável pela queda no ritmo de crescimento observado no Piauí em 2013.  Em consequência, o setor perdeu participação na estrutura produtiva estadual, passando de 7,86% em 2012 para 6,38% em 2013. O valor adicionado do setor caiu 26,07% em 2013, consequência de fatores climáticos desfavoráveis que prejudicaram tanto a agricultura moderna dos cerrados piauienses, quanto a agricultura familiar.

Na safra de 2013, colheu-se 1,56 milhões de toneladas de grãos, caracterizando uma queda de 29,65 % em relação ao ano anterior.  Para efeito de comparação, registre-se que a produção estadual de grãos para o ano de 2015 está estimada em 3,3 milhões de toneladas de grãos, o dobro da safra de 2013. “Em 2014 nós já tivemos melhores resultados neste setor e em 2015 esses números foram ainda superiores, o que, com certeza, dará um salto no nosso PIB de 2015”, explica Cezar Fortes.

Também pelo lado da pecuária, o ano de 2013 registrou um difícil desempenho. Assim, tanto os rebanhos bovino, suíno, quanto o caprino sofreram acentuadas reduções.

Indústria

“Em 2013, enquanto a agropecuária estava mal, tivemos um bom crescimento industrial e de serviços; já hoje, em 2015, é a agropecuária e o setor de serviços que têm melhor desempenho, em contrapartida temos, atualmente, um setor industrial com problemas, principalmente na construção civil e indústria de transformação”, atualiza o economista.

A atividade industrial é composta pela indústria extrativa mineral, de transformação, construção civil, produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de resíduos e descontaminação. Em 2013 essas atividades representaram 12,36% da economia piauiense, somando R$ 3.438 milhões do Valor Adicionado Bruto do Estado.  Os principais aumentos foram verificados na Indústria Extrativa 17,98%, na Construção Civil 9,31%, e na Indústria de Transformação 3,40%.

Os Serviços Industriais de Utilidade Pública - SIUP (produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de resíduos e descontaminação) decresceram em 2013 a uma taxa de 0,97% em comparação com o mesmo período de 2012. A distribuição de energia e água motivou a redução dessa taxa. Também observou-se retração no setor de geração de energia. A Construção Civil experimentou um bom crescimento no ano de 2013, (9,31,%) em relação a 2012 (6,01%); e a Indústria de Transformação cresceu em 2013 (3,40%).

A Indústria Extrativa cresceu em 2013 17,98%, com destaque para extração de calcário, dolomita e extração de mineral para fabricação de adubos.

Serviços

Quanto aos Serviços, responsável por 81,26%  do Valor Adicionado em 2013, o setor cresceu a uma taxa de 4,0%.  O bom desempenho fez crescer sua participação na economia do Estado em 4,4 pontos percentuais, com destaques para as atividades: Administração Pública (Administração, educação, saúde, pesquisa e desenvolvimento públicos, defesa e seguridade social) 34,41%; Comércio 18,49%; Atividades Imobiliárias 7,74%; Atividades Profissionais Científicas e Tecnológicas 4,90%; e Alojamento e Alimentação 3,40%.

A atividade Comércio, parte importante do setor de serviços, ganhou participação na Economia em 2013 evoluindo de 17,54% para 18,49%.  Também a atividade Administração Pública, que possui grande peso na Economia do Estado, aumentou sua participação; em 2012 representava 31,92% e em 2013 passa a ser 34,41%.

Quanto ao crescimento das atividades do setor Serviços, os mais expressivos foram: Serviços de Informação e Comunicação (23,56%),  Atividades profissionais, científicas e técnicas (9,37%); Atividades Financeiras (8,70%);  Comércio (6,38%) e Transportes (5,08%).

Fonte: Fundação Cepro
Edição: Nayara Felizardo
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