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Petrobras vende por US$ 54,5 milhões campo de gás no Amazonas

Localizado a 290 quilômetros de Manaus, o campo foi descoberto em 1999, mas não havia sido desenvolvido por falta de infraestrutura para o escoamento da produção.

23/11/2017 09:52

A Petrobras anunciou nesta quarta (22) a venda do campo de gás Azulão, no Amazonas, à Eneva. A operação, de US$ 54,5 milhões, é a primeira venda de ativos fechada pela estatal após a mudança determinada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) em seu plano de desinvestimentos.

Localizado a 290 quilômetros de Manaus, o campo foi descoberto em 1999, mas não havia sido desenvolvido por falta de infraestrutura para o escoamento da produção. O projeto ganhou nova perspectiva com a inauguração da linha de transmissão Tucuruí-Manaus, em 2013.

Dona do maior complexo termelétrico do país, no Maranhão, a Eneva planeja construir uma térmica sobre as reservas e conectar o projeto à rede nacional de transmissão de energia. A companhia opera seus projetos em um modelo conhecido como "reservoir to wire" (reservatório para a rede), no qual o produto final é a eletricidade.

Em nota, a Eneva afirmou que o campo "possui volumes recuperáveis de gás natural com potencial para implantação de um projeto integrado, com o escoamento direto do gás natural produzido para o abastecimento de uma usina termelétrica".

No Maranhão, a companhia tem capacidade para gerar 1,4 mil megawatts (MW) em térmicas localizadas perto de quatro campos de gás já em produção -um novo campo iniciará as operações ainda este ano. O projeto foi idealizado pelo empresário Eike Batista, mas é hoje controlado pela Cambuhy Investimentos e pelo banco BTG.

Azulão foi o primeiro projeto posto à venda pela Petrobras após a revisão do modelo de desinvestimentos com o objetivo de dar maior transparência ao processo. O prospecto do ativo foi lançado pela estatal em maio. Desde então, a companhia abriu negociações para vender outros campos de petróleo e gás e sua rede de gasodutos no Nordeste, mas nenhuma operação havia sido concluída.

LIQUIGÁS

A estatal informou nesta quarta também que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) prorrogou por mais 180 dias o período para analisar a proposta de venda da distribuidora de gás de cozinha Liquigás ao grupo Ultra, operação de US$ 850 milhões fechada ainda em 2016.

Relatório da área técnica do Cade considerou que a operação tem grande potencial de concentração do mercado, já que envolve duas das três companhias dominantes no setor. Petrobras e Ultra tentam convencer o órgão de defesa da concorrência a aprovar a adoção de medidas para reduzir a concentração.

A estatal deu ainda um passo importante para a venda de ações da BR Distribuidora, uma das principais operações de seu plano de desinvestimentos, ao protocolar na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) prospecto da operação.

No documento, estima que as ações serão negociadas a um valor entre R$ 15 e R$ 19, cada uma. Considerando o preço médio de R$ 17 por ação e a procura por todos os papeis oferecidos, que equivalem a 33,75% do capital da companhia, a receita da estatal será de R$ 6,5 bilhões.

Fonte: Folhapress
Por: Nicola Pamplona
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