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Para Meirelles, PIB 2016 é resultado que políticas que levaram Brasil à crise

IBGE divulgou nesta terça (7) que PIB brasileiro caiu 3,6% em relação a 2015; ministro da Fazenda afirmou que o indicador, referente ao desempenho do ano passado, 'é olhar no espelho retrovisor'.

07/03/2017 14:45

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira (7), durante reunião no Palácio do Planalto comandada pelo presidente Michel Temer, que o resultado negativo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 – que confirmou a pior recessão da história – é o resultado das políticas adotadas nos últimos dois anos. O ministro disse, no entanto, que o resultado do PIB é passado, é "olhar no retrovisor".

Responsável pela política econômica do governo Temer, o titular da Fazenda destacou que, apesar da nova queda do PIB, o Brasil está agora em processo de saída da crise e começa, "claramente", a crescer.

Nesta terça (7), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a retração da economia em 2016 foi de 3,6% em relação ao ano anterior. Em 2015, a economia já havia recuado 3,8%.

Essa sequência de dois anos seguidos de desenvolvimento negativo só foi verificada no Brasil entre 1930 e 1931, quando os recuos foram de 2,1% e 3,3%, respectivamente.

Como a retração nos anos de 2015 e 2016 superou a dos anos 30, essa é a pior crise já registrada na economia brasileira. O IBGE e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) dispõem de dados sobre o PIB desde 1901.

“O PIB divulgado hoje [terça] refere-se ao ano passado. É olhar no espelho retrovisor. [...] É o resultado de uma série de políticas que levaram a economia brasileira a enfrentar a maior crise da sua história”, ressaltou o ministro da Fazenda durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão.


Apesar dos números, Meirelles destacou que o Brasil está começando a sair da cride (Foto: Ciaran McCrickard / World Economic Forum)

Quarto trimestre

Questionado sobre se o resultado do PIB do quarto trimestre mostra a pouca efetividade das medidas adotadas pela gestão Temer, Meirelles afirmou que as ações tomadas no segundo semestre do ano passado prepararam a economia para voltar a crescer. Na comparação trimestral, o PIB do quarto trimestre caiu 0,9%, uma queda maior do que a esperada pelo mercado.

“O que houve no segundo semestre foi um processo saudável na economia que permite ao Brasil voltar a crescer. O endividamento das empresas, que estava crescendo nos últimos anos, caiu. Esse é um processo necessário para que a economia volte a crescer”, argumentou.

Conforme o ministro, o processo de queda do endividamento levou a economia a ter uma redução maior. “Esse processo agora está entrando em uma outra fase e temos uma série de dados que indicam que a economia voltou a crescer.”

Retomada do crescimento

Em meio a sua apresentação no encontro dos integrantes do "Conselhão", Henrique Meirelles disse que, em 2017, o PIB crescerá pouco na média anual,. Segundo ele, o motivo é que o indicador deste ano partirá de um patamar muito baixo.

Na visão do ministro, o crescimento da economia vai se acelerar ao longo do ano e chegará a 2,4% no quarto trimestre de 2017, na comparação com o quarto trimestre de 2016.

Meirelles explicou que o governo está estudando alternativas para que o Brasil aumente a sua taxa de crescimento sustentável.

A taxa prevista para os próximos 10 anos é de 2,2% a 2,5%, mas segundo ele, com as reformas microeconômicas, reformas como a trabalhista, essa taxa de crescimento sustentável pode saltar para mais de 3%.

Fonte: G1
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