Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Lâmpadas incandescentes de 60 watts deixarão de ser comercializadas no país

A iluminação corresponde a 15% no gasto com energia elétrica em um lar brasileiro médio.

01/07/2015 07:37

As lâmpadas incandescentes de 60 watts deixarão de ser vendidas a partir de hoje, 1º de julho. A mudança tem como objetivo diminuir a quantidade de lâmpadas incandescentes nas casas dos brasileiros e aumentar o consumo de lâmpadas mais eficientes e econômicas, como as fluorescentes. Essas lâmpadas deixaram de ser fabricadas e importadas no dia 30 de junho de 2013. A ação obedece ao cronograma estabelecido pela Portaria Interministerial 1007 dos Ministérios de Minas e Energia, da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, de dezembro de 2010. 

A iluminação corresponde a 15% no gasto com energia elétrica em um lar brasileiro médio, segundo estudo realizado pela Eletrobrás em 2007. Para atingir uma diminuição desse gasto, a norma busca eficiência energética para fabricação, importação e comercialização das lâmpadas incandescentes em todo o Brasil. As lâmpadas incandescentes de 25 e 40 watts deixarão de ser produzidas em 30 de junho, mas poderão ser comercializadas apenas por mais um ano. As lâmpadas incandescentes de 75W e 100W estão proibidas desde 30 de junho de 2014. E as de 150 e 200 watts já não podem ser vendidas desde 2013. 

“Quando a gente fala de eficiência energética, economia de energia, sustentabilidade a partir do uso de energia, as lâmpadas incandescentes não se encaixam mais nessas necessidades”, aponta o engenheiro eletricista Marcos Lira. Esta medida já foi tomada por diversos países visando minimizar o consumo de energia e o impacto no meio ambiente. 

Segundo a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, uma lâmpada incandescente de 60 watts ligada 4 horas por dia, pode resultar em 7,2 kWh de consumo no final do mês. Na comparação, uma lâmpada fluorescente compacta equivalente proporciona uma economia de 75%, ou seja, este resultado pode cair para 1,8 kWh/mês. “As lâmpadas incandescentes tem um consumo elevado de energia porque parte da energia que ela consome é gasta em forma de calor. Além disso, são pouco eficientes”, explica Marcos Lira. 

As mais procuradas são as fluorescente compactas, que consomem em média 5 vezes menos energia do que a incandescente, com o mesmo potencial de iluminação no mesmo ambiente. “Ela é um pouco mais cara, mas pelo custo benefício, se você analisar a conta de energia durante um ano perceberá uma diferença muito grande, que ultrapassa o investimento da compra da lâmpada”, acentua Marcos. 

O engenheiro eletricista chama atenção dos consumidores para que no momento da compra, busquem se certificar de que as lâmpadas são aprovadas pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial). “Não adianta comprar lâmpada genérica ou falsificada porque elas até podem consumir menos, mas a vida útil delas é bem reduzida”, explica. 

O ideal para substituição são as lâmpadas LED, que já estão sendo utilizadas em alguns pontos em Teresina, como na avenida Raul Lopes, no trecho entre o balão da universidade até o final da avenida. “Elas também têm a opção do uso residencial, e são muito mais eficientes do que as fluorescentes compactas, são mais caras, mas a vida útil delas também é muito maior, chegando até 50 mil horas, já as fluorescentes compactas têm no máximo 10 mil horas”, explica Marcos Lira. As lâmpadas LED podem economizar mais de 80% de energia, não aquecem o ambiente, são muito resistentes a impactos e não desbotam produtos, além de não agredir a pele, pois não emitem raios Ultra Violeta e Infra Vermelho.

Por: Ana Paula Diniz- Jornal O Dia
Mais sobre: