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FGTS: Investimentos devem mirar casa própria e aposentadoria

Planejadores financeiros concordam que trabalhadores devem aproveitar para sacar dinheiro e pagar dívidas

20/02/2017 08:15

Ao liberar o dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), a expectativa do governo Michel Temer é que as pessoas gastem os recursos pagando dívidas ou em compras.
Planejadores financeiros concordam que trabalhadores devem aproveitar para sacar o dinheiro e pagar dívidas. O que sobrar, no entanto, não deve ser gasto, mas investido.
"Já que o dinheiro veio e eu não estava esperando, posso planejar o que fazer com ele", diz Juliana Inhasz, do Insper.
O FGTS é uma poupança compulsória, que até então era utilizada basicamente para comprar a casa própria ou como renda complementar na aposentadoria.
Os especialistas recomendam que o dinheiro continue tendo destinos parecidos, mas que seja aplicado em produtos financeiros que rendam mais.
Em 2016, o dinheiro parado no FGTS rendeu 5,01%, abaixo da inflação de 6,29%.
O primeiro passo é usar o dinheiro para formar reserva financeira para emergências. O ideal é ter pelo menos seis meses de gastos separados para cobrir imprevistos, evitando que seja preciso contrair dívidas.
Esse dinheiro pode ser investido em títulos públicos (como o Tesouro Selic), CDBs ou fundos simples, que investem em títulos públicos –todos produtos que permitem resgate a qualquer momento.
Depois disso, é possível pensar em investimentos de prazo maior.
Alvaro Bandeira, economista-chefe da corretora Modal Mais, sugere investimentos prefixados, que ainda paguem taxas acima das previsões para a Selic.
Neste caso, no entanto, o investidor precisa seguir com o investimento até o vencimento. Do contrário, ele pode perder dinheiro.
Há ainda opções no título público IPCA+, diz José Raymundo Junior. Quem estiver perto da aposentadoria pode contratar o tipo que pague juros semestrais, para receber o rendimento aos poucos.
CASA PRÓPRIA
Se o destino do FGTS ainda for a entrada da compra de um imóvel, Inhasz recomenda que o cotista espere para a aquisição.
O objetivo, segundo ela, é esperar que a queda da taxa Selic chegue ao crédito.
"Não vai demorar muito para os bancos repensarem as taxas", afirma.

Fonte: Folhapress
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