Os proprietários de restaurantes, bares, de empresas fornecedoras de refeições e as donas de casa devem se preparar para o aumento de mais um item indispensável no cotidiano - o gás de cozinha -, o que deve ocorrer a partir da próxima semana.

Atualmente vendido por valores que variam de R$ 45 a R$ 48, a estimativa é que o botijão de 13 kg (mais comum) passe a custar pelo menos R$ 50 a partir do dia 1º de março, conforme informaram à reportagem alguns revendedores de Teresina.  

Na última terça-feira (24), o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicou no Diário Oficial da União uma nova tabela com os preços de combustíveis a serem usados como referência no Distrito Federal e em mais 15 Estados, dentre os quais o Piauí. Os reajustes atingiram a gasolina, o álcool etílico hidratado, o diesel, o gás natural, o querosene de aviação e também o gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha.

Hoje, o preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF) do GLP é de R$ 3,36 por kg. Mas a partir do dia 1º de março esse valor será reajustado para R$ 3,47, conforme a tabela do Confaz.

Até a semana passada, ainda era possível encontrar um botijão de 13 kg por R$ 45. Hoje, valores variam de R$ 48 a R$ 50 (Foto: Assis Fernandes / O DIA)

Mesmo antes do aumento oficial, alguns revendedores já estão repassando o impacto para o consumidor final. "Hoje, é quase impossível comprar um botijão em Teresina por menos de R$ 48. Alguns revendedores já aumentaram pra R$ 50 há dias", relata o gerente de uma distribuidora, que pediu sigilo da identidade. Ele, contudo, acredita que o valor médio não irá ultrapassar os R$ 50, mesmo a partir de março.

A última pesquisa realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apontou que, entre 15 e 21 de fevereiro, o botijão de gás de 13 kg estava sendo comercializado por R$ 45. "Para conseguir comprar por esse preço, é preciso procurar bastante, e é sem a entrega em domicílio", acrescenta o gerente.

Gasolina

De acordo com a tabela divulgada na terça-feira pelo Confaz, o preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF) da gasolina será de R$ 3,21 por litro, a partir de março, no Piauí.

Uma pesquisa realizada pela ANP em 53 postos de Teresina apontou que a média do preço do litro da gasolina já era de R$ 3,20, no período de 15 a 21 de fevereiro de 2015. O valor mínimo identificado foi de R$ 2,99/litro, e o valor máximo encontrado chegou a R$ 3,25/litro.

No mesmo período, o preço do etanol foi pesquisado em 35 postos de combustível, constatando-se um preço médio de R$ 2,593/litro. Sendo o preço mínimo R$ 2,45 e o preço máximo R$ 2,69.

Com os frequentes aumentos no preço da gasolina, teresinenses buscam alternativas para não gastarem tanto com o combustível. 

Se antes o etanol estava esquecido por boa parte dos motoristas, agora, com o aumento vertiginoso do preço da gasolina, o álcool voltou a ser uma opção mais procurada pelos consumidores que desejam aliviar o bolso.

Para a autônoma Regina Mara Castro de Moura, os aumentos constantes no valor da gasolina são abusivos. “Antes do aumento, nós gastávamos cerca de R$ 500,00 com o combustível, agora estamos gastando uns R$600,00. Para economizar, nós procuramos sair para os mesmos locais para não desperdiçar combustível”, disse. Segundo ela, não compensa aproveitar a tecnologia flex do veículo, pois o etanol também está mais caro.

O motoboy Evaldo Sales Pereira conta que, no início do mês passado, ainda estava abastecendo com gasolina por R$ 2,79, o litro. “Agora o litro no posto de gasolina onde sempre abasteço está custando R$3,17. Se o preço continuar aumentando desse jeito, vamos ter que pensar em outros meios de locomoção que não precisam de combustível, como a bicicleta”, ressalta.

Álcool ou gasolina?

Para saber qual combustível é mais vantajoso, basta o consumidor dividir o preço do etanol pelo da gasolina e multiplicar por 100. Caso o resultado seja igual ou inferior a 70, o etanol é a melhor opção. Senão, é melhor abastecer com gasolina.

Em boa parte dos postos de Teresina, por exemplo, ainda compensa mais abastecer com gasolina.

Por: Cícero Portela e Priscila Florêncio