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Em julho, teresinense precisou trabalhar duas horas a mais para comer

Pesquisa do DIEESE revela que a jornada para adquirir os produtos da cesta básica foi de 100 horas e 04 minutos. Em junho, era de 98 horas e 55 minutos

04/08/2016 12:18

A pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada hoje, comprovou o que os teresinenses já sentem há muito tempo. Está cada vez mais caro comer. No mês julho, foi preciso trabalhar 100 horas e 04 minutos para adquirir os produtos da cesta básica, quase duas horas a mais que em junho, quando a jornada necessária era de 98 horas e 55 minutos.

A Cesta Básica este mês, em Teresina, custou R$ 400,27, a 17ª mais cara entre as 27 cidades pesquisadas pelo DIEESE. O custo do conjunto de alimentos básicos registrou alta de 1,16%, em comparação com o valor calculado em junho. Nos sete primeiros meses do ano, a alta acumulada foi de 16,50%.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador teresinense, remunerado pelo piso nacional, comprometeu, em julho, 49,44% dos vencimentos para adquirir a cesta, que em junho, demandava 48,87%.

Dos 12 itens alimentícios pesquisados, sete registraram aumento de preço. O leite, por exemplo, subiu 21,75%, a terceira maior alta entre as cidades pesquisadas. Em Cuiabá, o aumento do produto foi de 28,89% e em Vitória foi de 26,70%.

Outros preços que aumentaram em Teresina foram do feijão carioquinha (13,01%), da manteiga (5,71%), do café em pó (4,92%), do arroz agulhinha (4,35%), do açúcar cristal (3,14%) e do pão francês (0,53%).

Alguns produtos, entretanto, sofreram queda de preço, como o tomate (-9,90%), a banana (-6,43%), a farinha de mandioca (-3,58%), a carne bovina (-1,30%) e o óleo de soja (-0,50%). 

Por: Nayara Felizardo, com informações do DIEESE
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