Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Em crise, JBS propõe aumentar salário de administradores em R$ 10 milhões

O aumento seria dado apenas para os conselheiros de administração: a cifra destinada a eles subiria de R$ 2,59 milhões para um total de R$ 14,6 milhões no ano - ou cerca de R$ 1,6 milhão por conselheiro.

15/08/2017 10:06

Apesar da crise gerada pela delação de seus controladores, a JBS propôs a seus acionistas um aumento de R$ 10 milhões na verba destinada à remuneração de seus administradores em 2017, que foi definida em R$ 17 milhões em assembleia realizada no dia 30 de abril.

Empresa quer aumentar salários dos conselheiros de administração, que receberam um montante de R$ 290 mil no ano de 2016 (Foto: Divulgação / JBS)

A proposta foi incluída entre as matérias que serão votadas em assembleia que será realizada no próximo dia 1º de setembro. O encontro foi pedido pelo BNDESPar, braço de participações do BNDES, para pedir investigação sobre os controladores da companhia.

O aumento seria dado apenas para os conselheiros de administração: a cifra destinada a eles subiria de R$ 2,59 milhões para um total de R$ 14,6 milhões no ano - ou cerca de R$ 1,6 milhão por conselheiro. No ano passado, a remuneração global dos conselheiros foi de R$ 2,040 milhões, ou cerca de R$ 290 mil para cada.

O conselho de administração da JBS é formado hoje por nove membros, entre eles Wesley Batista e José Batista Sobrinho, da família fundadora da companhia.

É presidido por Tarek Mohamed Farah, que também participa da administração de outras empresas do grupo J&F.

A JBS justifica a proposta de aumento com "as substanciais transformações ocorridas na realidade empresarial da companhia no presente exercício de 2017".

"Nesse sentido, a companhia vem implementando uma série de mudanças em sua administração", diz, em texto entregue à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), citando novas atribuições que os conselheiros terão, como "liderar o processo de transformação e aprimoramento dos níveis de governança".

"Ao mesmo tempo em que serão reforçadas as medidas de governança corporativa e compliance, haverá um aumento na frequência de reuniões", continua o texto, concluindo que a remuneração atual não condiz com "o cenário desafiador ao qual a companhia está atualmente exposta".

Fonte: Folhapress
Por: Nicola Pamplona
Mais sobre: