Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

'El País': Argentina vê oportunidades no veto comercial à carne brasileira

Na Argentina operam dois dos frigoríficos apontados pela Justiça brasileira por adulterar seus produtos, mas o Governo tranquilizou a população e garantiu que os controles no país são muito mais rigorosos.

22/03/2017 13:48

Matéria publicada nesta quarta-feira (22) pelo jornal El País analisa que a suspensão de exportações de carne por parte do Brasil é uma notícia que desencadeou um furacão de expectativas na Argentina, sobretudo porque ambos os países compartilham clientes muito importantes: China, o principal comprador do mundo, e Chile, onde a marca Argentina está instalada há anos. 

Segundo a reportagem a situação poderia ser inversamente proporcional à ocorrida em 2001, quando a Argentina escondeu um surto de aftosa que contabilizou mais de 2.000 casos e que, ao vir à tona, lhe fechou vários mercados pelo mundo. Na Argentina operam dois dos frigoríficos apontados pela Justiça brasileira por adulterar seus produtos, mas o Governo tranquilizou a população e garantiu que os controles no país são muito mais rigorosos.

El País conta que dois dos frigoríficos vetados no Brasil pisam forte na Argentina. Trata-se da BRF, com oito unidades e dona das populares marcas Vieníssima, Avex, Bocatti, Campo Austral e Tres Cruces. A outra empresa é a JBS, ainda mais importante, dona dos frigoríficos Swift e Cabaña Las Lilas, e com planos de investir na Argentina cerca de 268 milhões de dólares (830 milhões de reais), uma aposta que, segundo dizem, continua vigente, apesar do escândalo. 

De acordo com o diário espanhol ambas as firmas concentram o equivalente a 20% das 230.000 toneladas que a Argentina vendeu no ano passado e são relevantes na cota Hilton (de exportações para a União Europeia). 

O noticiário acrescenta que o Brasil é o segundo exportador de carne do mundo, atrás da Índia, em um ranking no qual a Argentina está em 11º lugar, apesar de contar com centenas de quilômetros de planície, ter um consumo interno dos mais elevados e basear sua economia na produção agropecuária, a tal ponto que durante as décadas de 30 e 40 foi o principal provedor mundial.

Fonte: Jornal do Brasil
Mais sobre: