Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Economista alerta para corte de gastos supérfluos

Alta do dólar será refletida em produtos bastante necessários para o consumidor brasileiro, a exemplo do trigo, milho e arroz

03/08/2015 07:19

O assunto mais discutido nos últimos meses é o aumento da inflação e alta do dólar que, na última semana, teve sua maior alta após 12 anos, passando dos R$ 3,40. E essa alta reflete diretamente nos produtos adquiridos de outros países, desde gêneros alimentícios até eletrônicos e automobilísticos. E claro, esse aumento reflete, principalmente, no bolso dos consumidores. 

Segundo o economista Ricardo Alaggio, como o Brasil não produz grande parte dos produtos que consome, importando de outros locais, essa crise será bem marcante. Ele explica que, nos últimos 12 meses, o dólar teve um aumento de quase 50%, e que essa crescente será em produtos bastante necessários para o consumidor, como no trigo – utilizado na produção de pães, bolos, macarrão, entre outros -, milho e arroz. 

Além dos alimentos, a alta do dólar também afeta setores como o da indústria automobilística (30%), que importa boa parte das peças de suas fábricas de automóveis. Já os bens de consumo, como eletroeletrônicos e eletrodomésticos, também sugerem que serão atingidos com a alta da moeda americana. 

Foto: Assis Fernandes/ ODIA

Para tentar driblar essa crise, Ricardo Alaggio recomenda cortar os gastos desnecessários e poupar. “As classes de menor poder aquisitivo vão precisar controlar mais seus gastos do que a classe de maior poder aquisitivo. Para isso, será preciso escolher o que é realmente importante. Essa alta vai atingir, principalmente, a alimentação e será sentida no supermercado”, disse. 

Segundo o economista, a principal virtude do controle da economia é a prudência, ou seja, avaliar o que realmente é necessário para o consumo e desprezar os gastos supérfluos. “Não sabemos o futuro, se estaremos empregados até o final do ano, se teremos dinheiro amanhã. É preciso que as pessoas pesquisem preço, segurem o orçamento, para não comprar algo que não precise”, reforça. 

Uma sugestão do especialista, quanto à pesquisa de preço com relação à compra de alimentos, por exemplo, é se buscar os diversos estabelecimentos comerciais. De acordo com ele, a concorrência que existe faz com que haja uma variante dos valores dos produtos. 

Ricardo Alaggio ainda enfatiza que esta é uma época de incerteza e que esta crise deverá permanecer por mais algum tempo. Diante disso, o economista salienta a importância de fazer uma poupança e tomar cuidado com os gastos da renda, e acrescenta que “se o que for comprado não tiver usufruto, se não tiver a serventia para o que foi comprado, é melhor não comprar”.

Por: Isabela Lopes- Jornal O Dia
Mais sobre: