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Dia da Alimentação alerta que 820 milhões de pessoas passam fome

A data, criada em 1981, ocorre junto com a campanha "œUm mundo #fomezero para 2030 é possível".

16/10/2018 08:49

O Dia Mundial da Alimentação, lembrado hoje, em 16 de outubro, foi criado em 1981 para conscientizar a população sobre questões relacionadas à alimentação e à nutrição. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), existem mais de 820 milhões de pessoas passando fome no mundo atualmente.

Em 2018, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lançou a campanha “Um mundo #fomezero para 2030 é possível”. Com isso, a entidade pretende chamar atenção para o combate à fome e ao desperdício de alimentos.

O vendedor Manoel Raimundo, por exemplo, trabalha na Central de Abastecimento do Piauí (Ceapi) e conta que, para evitar o desperdício, procura comprar mercadoria de acordo com a média de vendas, além de doar os alimentos que não são vendidos. 

Foto: Assis Fernandes/O DIA

“Se tiver mercadoria para doar aqui, não faltam pessoas [que queiram]. O que vai desperdiçando você vai doando para o pessoal para não jogar fora. Nós temos muito tempo trabalhando aqui e não compramos mercadorias para desperdiçar, porque já sabemos como é. Não temos tanto desperdício por causa disso”, explica. Ele diz que muita gente busca doações na Ceapi, que “já deixa é de doar porque não dá pra todo mundo”. 

Valdemar da Cruz também conta que nada é desperdiçado em sua banca. O que não consegue vender na Ceapi leva para a feira de domingo, no Parque Piauí. “[Aqui na Ceapi] têm vezes que desperdiça e em outras dá pra aproveitar. As pessoas vão passando, veem e jogam na sacola. Outras pegam [alimentos] pra dar para os bichos”, relata.

Por outro lado, o vendedor Edilson Gomes Lima revela que o desperdício de alimentos na Ceapi varia de acordo com a época do ano. Em geral, no inverno, o descarte de alimentos é maior. “O clima faz com que o alimento fique mais perecível. Nessas épocas, a gente diminui a compra, mas sempre perde”, diz. 

Enquanto estava no local, a reportagem de O DIA ainda encontrou a aposentada Damiana Viana Lopes, no momento que ela pegava alguns abacaxis que seriam jogados fora. Ela conta que mora em Timon, no Maranhão, e costuma ir ao local quando visita a sobrinha, moradora da região, para pegar doações dos permissionários. “Feio seria se eu fosse roubar, mas se eu pegar aqui, não estou nem aí. Pecado é pegar o que é alheio. Quando chego em casa, aparece é muita gente pra pedir”, afirma.

Por: Ananda Oliveira
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