O Burger King decidiu inovar. A rede americana de fast-food vai diversificar seu cardápio e incluir cachorro-quente. E é um mercado enorme, se contabilizar apenas o voraz consumidor americano, que come mais de 20 bilhões de hot dogs por ano. O grande objetivo da companhia é oferecer um produto simples e que não mude muito a imagem da marca, que tem a produtora de alimentos e condimentos Kraft Heinz como aliada, já que pertence ao mesmo grupo.

Os cachorros-quentes começarão a ser vendidos no próximo dia 23 na maior parte das lojas do Burger King nos Estados Unidos. A versão clássica sai a US$ 1,99 na versão clássica, enquanto a que inclui chili e queijo custa US$ 2,29. E a rede de restaurantes afirma que os hot dogs serão um segmento permanente no menu. Alex Macedo, presidente do Burger King América, espera que o sanduíche se converta no “Whopper dos hot dogs”.

A rede americana faz testes como cachorros-quentes há 18 meses em cinco cidades: Salt Lake City, Memphis, Baltimore, Detroit e Kansas City. De acordo com Macedo, a empresa optou por manter outros mercados de fora, como Nova York e Chicago, para surpreendê-los com a novidade.

O cliente poderá montar o sanduíche conforme seu gosto. Esta flexibilidade não é casual. Diferentemente dos hambúrgueres, cada região dos EUA têm uma forma diferente de consumir o cachorro-quente. O gosto, de acordo com o Food Institute, é regional. E o chamado hot dog original de Chicago não tem nada a ver com o que se come em Nova York, Atlanta ou Kansas City. Cada cidade diz que o seu é o melhor.

A inclusão do novo produto no cardápio é a maior mudança do tipo feita pela rede desde 1979, quando passou a oferecer frango. Ainda que a rival mais evidente seja a rede Sonic, os cachorros-quentes também são um segmento importante no menu do Shake Shack.

O Burger King é controlado pela 3G Capital, dos bilionários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. O fundo também é dono da gigante dos alimentos Kraft Heinz, proprietária da marca Oscar Mayer.