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Crise econômica interfere na forma que brasileiro se alimenta no dia a dia

Buscando economizar e ter uma refeição saúdavel, mais trabalhadores estão optando por preparar refeições em casa e levá-las para o trabalho.

16/10/2017 09:00

No Dia Mundial da Alimentação, comemorado hoje (16), percebe-se que um dos fatores que altera os hábitos alimentares dos brasileiros é a necessidade ou não de gastar dinheiro. Números do último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) dos anos 2008 e 2009 indicam que as refeições fora de casa representam mais de 25% dos gastos com alimentação. Para evitar gastos excessivos uma opção é levar a marmita de casa para o trabalho. 

Quem fazia parte da estatística é a auxiliar de escritório Wânia Silva. Ela conta que chegava a gastar R$ 150 mensalmente comprando quentinhas no local onde trabalha, mas há dois meses mudou os hábitos e começou a levar a própria marmita de casa, que é também uma forma de diversificar o cardápio. 
Além da economia de R$ 7 todos os dias, preço da quentinha, Wânia relata que também passou a se alimentar melhor, uma vez que ela prepara a comida de acordo com suas necessidades. “Pedir quentinha todo dia, no final do mês fica caro. Trago o básico, que é arroz, carne assada e salada. Eu vejo como é feita, eu sei o sal que eu boto, eu sei a forma do tempero. Para mim, eu sabendo como está sendo feito, já é um grande benefício”, ressalta. 
Escolhas nutritivas 
Segundo a nutricionista Michelle Santos, é mais vantajoso levar a comida ao trabalho ao invés de optar por restaurantes no quilo. Ela explica que preparar o próprio alimento proporciona uma alimentação mais controlada, porque é possível controlar a quantidade de sal e gordura na hora de cozinhar, além de poder realizar substituições condimentos mais nutritivos. 
“No self service tem uma quantidade de gordura maior nos alimentos, no feijão, carne, arroz, tudo é mais gorduroso. Já levar de casa facilita muito para se ter alimentação mais equilibrada, no sentido de ser menos calórico”, acrescenta. 
A especialista explica que uma marmita ideal deve conter alimentos básicos do prato do brasileiro: arroz, feijão, carnes e salada. No entanto, existem algumas indicações: quem deseja evitar arroz por conta do carboidrato, pode substituí-lo por batata doce, mas o importante é não deixar o nutriente de fora. Em relação à carne, o ideal é que seja carne branca e grelhadas. Além disso, Michelle aponta que salada é fundamental porque é o item que vai fornecer mais vitaminas e mineiras, dando mais saciedade. 
A nutricionista recomenda que seja comprado uma térmica e que mesmo com o produto, o ideal que é seja mantido em geladeira para evitar o crescimento de bactérias no alimento. Além disso, o indicado é evitar que se crie bolhas na tampa da marmita, porque também é fonte de bactérias. Deve-se limpar a tampa ao perceber as bolhas no utensílio.
Edição: Biá Boakari
Por: Letícia Santos
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