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Colômbia cancela contrato com consórcio da Odebrecht para obra fluvial

Governo colombiano informou que irá lançar uma nova licitação e transferir a obra para outra empresa; contrato havia sido considerado nulo em abril.

13/10/2017 09:40

Colômbia terminou um contrato US$ 850 milhões com o consórcio Navelena, liderado pela Odebrecht, para a recuperação da navegabilidade do rio Magdalena, informou o governo colombiano na quinta-feira (13), acrescentando que irá lançar uma nova licitação e transferir a obra para outra empresa.

"Estamos cumprindo com o país com a assinatura no dia de hoje desta liquidação tão esperada do contrato com o Navelena, para poder assim avançar com decisão para a transferência para um novo projeto de recuperação do nosso rio Magdalena", disse a jornalistas Alfredo Varela De la Rosa, diretor da agência responsável pela administração do Rio, a Cormagdalena.

O governo da Colômbia havia declarado o contrato nulo em abril, mas só conseguiu assinar o ato de liquidação bilateral quase seis meses depois.

A anulação do contrato foi determinada depois que a Odebrecht, que tinha 87% do consórcio Navelena, não conseguiu apresentar garantias financeiras para desenvolver o projeto nem transferir sua participação para outra empresa, em meio a acusações de corrupção na Colômbia e em outros países da América Latina após a deflagração da operação Lava Jato no Brasil.


Rio Magdalena, que terá obra de sua recuperação contratada pela Odebrecht transferida para outra empresa (Foto: Divulgação/Odebrecht)

Na Colômbia, a Odebrecht é acusada de ter feito pagamento de propina de mais de US$ 27 milhões para a obtenção de contratos públicos, o que levou à prisão ex-funcionários públicos e políticos, além de ter respingado nas campanhas do presidente Juan Manuel Santos em 2010 e em 2014.

Caso Odebrecht na Colômbia

A Odebrecht é investigada por pagar propina para garantir o contrato de um trecho da estrada Ruta del Sol II. As obras também são acusadas de descumprirem licenças ambientais. O ex-ministro de Transportes, Gabriel Garcia Morales, foi preso por receber US$ 6,5 milhões em propina.

Outras 10 pessoas estão detidas, 3 têm pedido de prisão e mais 7 são investigados. A construtora perdeu o contrato e devolveu, até o momento, 32 bilhões de pesos colombianos (cerca de US$ 10,8 milhões). Investigações apontam que o pagamento de propina pode ter chegado a US$ 42 milhões (124 bilhões de pesos colombianos).

Fonte: G1
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