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Bazares ganham espaço pela grande adesão do público e preços atrativos

Empreendedora explica como negócio funciona e destaca parceria com pessoas que também entregam peças para serem vendidas

16/01/2017 08:43

Uma nova modalidade de negócios tem ganhado destaque em Teresina e atraído tanto novos empreendedores quanto uma maior quantidade de clientes. É o mercado de bazares, que ofertam produtos, principalmente da área de moda, por um preço mais atrativo. 
A universitária Gabriela Moreira, há um ano, resolveu investir na área de bazar. O comércio de roupa e acessórios não era uma realidade desconhecida para a jovem, já que a mãe possui uma loja de roupas, um dos motivos que facilitou a abertura do novo negócio. 

Gabriela Moreira usa redes sociais para divulgar bazar de roupas e acessórios (Foto: Elias Fontenele/ O Dia)

“Pelo fato da minha mãe ter uma loja, nosso guarda- -roupas vivia abarrotado de roupas e por lá também sempre tinham peças que, por algum motivo, não saiam para as vendas. Foi assim que resolvemos montar o bazar e, com o tempo, vimos que deu certo”, comenta. 
A iniciativa realmente atraiu o público. Em pouco tempo, o bazar já não contava apenas com peças da família ou de estoque da loja, mas também de pessoas que deixavam produtos para serem negociados. 
“Tivemos uma receptividade muito boa, porque já não eram só as amigas que vinham comprar ou deixar produtos, começaram a aparecer outras pessoas”, destaca Gabriela. 
No local, o fluxo de negócios funciona da seguinte forma: as pessoas podem deixar peças no bazar, que passam por uma triagem levando em consideração o padrão da moda, qualidade e marca, para assim, ser definido o preço do produto. 
Após essa etapa, o produto ficará disponível de quatro a seis meses, a depender do tipo da peça. “Vestidos de festas, que geralmente têm uma saída mais demorada, ficam na loja até seis meses. Caso a venda não seja efetivada, nós devolvemos o produto”, explica a jovem. O valor da peça vendida é repassado à dona do produto com apenas um percentual para o bazar. 
No processo de venda, Gabriela lembra que conta com um aliado: as redes sociais. É por meio de ferramentas como Instagram, Snapchat e Facebook que a propaganda dos produtos é feita. Tudo com descrição e valor. 
O público do negócio é diverso e em sua grande maioria se distribui entre mulheres de 18 a 45 anos. “Agora já estamos dando uma expandida no bazar, porque temos uma quantidade de peças que já não está mais cabendo. O giro está ficando maior, mais gente querendo deixar e mais gente querendo comprar”, finaliza. 
ONG realiza bazar permanente como forma de manter atividades 
Muito mais que um comércio a fim de gerar lucro, o dinheiro arrecado com o bazar permanente do Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção (Cria) gera mais oportunidade para a ampliação de atividades e transformação de vida. O negócio se torna uma corrente do bem. 

Bazar do Cria tem peças a partir de R$ 1 (Foto: Elias Fontenele/ O Dia)

Aberto diariamente, o espaço do bazar é localizado dentro da própria sede da instituição, localizada na Rua São Pedro, 1841, Centro-Sul, onde são comercializados roupas, acessórios, sapatos, roupas de cama e brinquedos. 
“O bazar veio da ideia da nossa coordenadora e fundadora, que sabia que precisávamos de receita para manter as atividades, além de ajudar para o pagamento dos funcionários que mantêm o Centro”, destaca Bárbara Viana. 
A maior parte dos produtos comercializados no local são de doações de pessoas que deixam os produtos no bazar, mas Bárbara destaca que funcionários da instituição também podem ir pegar as peças caso contatados. 
É possível encontrar produtos de até R$ 1 no espaço. “Nós já temos um público consagrado, que já conhece o bazar e também têm aquelas pessoas carentes que vem a procura de roupas boas a preços bons”, destaca. 
O mês onde o estoque fica mais abastecido, sem dúvida, é dezembro e janeiro, mas há também a época de ‘vacas magras’, que é quando a funcionária chama atenção da sociedade. “Em dezembro, até fazemos um queimão para facilitar a saída das peças, porque realmente recebemos muitas doações. Em janeiro, continua bom o fluxo, mas já pelo meio do ano as coisas diminuem”, alerta. 
Mesmo as peças que não são vendidas no local têm saída: elas se tornam doações para outras instituições carentes. No bazar do Cria, cada produto tem um fim para além do lucro, mas uma forma de atingir de forma positiva outras vidas.
Por: Glenda Uchõa
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