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Banco Central corta juros pela 8ª vez seguida e taxa cai para 8,25% ao ano

Foi a oitava redução seguida da Selic, que está no menor patamar desde o início de julho de 2013.

07/09/2017 12:33

O Banco Central confirmou as expectativas do mercado e cortou em um ponto percentual a taxa básica de juros da economia brasileira, para 8,25% ao ano. Foi a oitava redução seguida da Selic, que está no menor patamar desde o início de julho de 2013.

A decisão foi por unanimidade. O ritmo de queda era esperado por 40 dos 42 economistas consultados pela agência internacional Bloomberg. Dois projetavam corte menor, de 0,75 ponto percentual (para 8,5%).

No comunicado que acompanhou a decisão, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) indicou que o cenário externo favorável e a inflação sob controle colaboram para o ciclo de corte de juros.

 O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn (Foto: José Cruz/ Agência Brasil)

O BC sinalizou, porém, que vai reduzir o ritmo de corte da Selic na próxima reunião. "Além disso, nessas mesmas condições, o Comitê antevê encerramento gradual do ciclo."

O Comitê ressaltou ainda que o processo de corte de juros seguirá dependendo da "evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação".

A redução ativou o gatilho que reduz o ganho da poupança, que passa a render 70% da Selic mais TR (taxa referencial).

A inflação sob controle e a necessidade de reanimar a atividade econômica foram dois dos principais fatores que pesaram na decisão do BC de cortar os juros.

Em agosto, o IPCA, a inflação oficial do país, subiu 0,19%, após alta de 0,24% no mês anterior.

Nos 12 meses até agosto, o índice teve alta de 2,46%, a menor variação acumulada em 12 meses desde fevereiro de 1999 (2,24%).

Nesta quarta, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) já havia afirmado que a inflação baixa dava "flexibilidade" ao Banco Central para continuar com a política de redução da taxa básica de juros, a Selic.

Ao cortar os juros, o Banco Central também busca reanimar a atividade econômica. No segundo trimestre, o PIB (Produto Interno Bruto) avançou 0,2% na comparação com os três meses anteriores.

Os saques das contas inativas do FGTS e o encerramento do ciclo de demissões, antes do que previam os economistas, contribuíram para este cenário.

A expectativa de economistas consultados pelo Banco Central é que a taxa básica de juros termine o ano a 7,25%, em seu menor nível histórico. Já o PIB deve terminar 2017 com avanço de 0,5%.

Fonte: Folha de São Paulo
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