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Apesar de alta do desemprego, número de sindicalizados cresce

"Setores começaram a ser extintos. As pessoas se sindicalizaram para se proteger", disse o coordenador de trabalho e Renda do IBGE.

26/04/2017 10:40

Em 2015, primeiro ano da crise no mercado de trabalho, quando a taxa média de desemprego pulou de 6,8% em 2014 para 8,5%, mesmo com o número de trabalhadores ocupados reduzindo em 3,7 milhões, para 94 milhões, o número de sindicalizados cresceu 1,9 milhão no país. Naquele ano, 19,5% da população ocupada ou 18,4 milhões de trabalhadores eram sindicalizados. Em 2014, esse número era de 16,5 milhões ou 17% dos trabalhadores. Para Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Renda do IBGE, o aumento do número de sindicalizados, contrariando a lógica do desemprego, ocorreu porque os trabalhadores viram no sindicato uma forma de garantirem algum tipo de rede de proteção. Os dados são de pesquisa inédita divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira, o suplemento Relações de Trabalho e Sindicalização.

— Setores começaram a ser extintos. As pessoas se sindicalizaram para se proteger — disse Azeredo.

Dados da pesquisa comprovam a análise do coordenador do IBGE. Metade dos sindicalizados, perto de 10 milhões, informou à pesquisa que se associou à entidade porque o sindicato “defende os direitos dos trabalhadores”, o segundo maior grupo (26%) porque achava que era obrigatório e um terceiro grupo (20%) pelos serviços oferecidos pelos sindicato. Mas a maioria (82%), não participa de nenhuma atividade promovida pelo sindicato.

Dos 3,5 milhões que informaram interagir com o a entidade representativa, 76% participavam das assembleias e 56% disseram ir a palestras e cursos oferecidos pela entidade. De manifestações, só 33% participam. Um quinto dos sindicalizados costumava usar algum tipo de serviço oferecido pelo sindicato, como convênio médico ou atendimento jurídico.

Dos não sindicalizados, que são maioria (83 milhões), o maior grupo (26,4%) respondeu que havia se sindicalizado por desconhecer o sindicato que o representava, 23% responderam que o sindicato não tinha os serviços que o interessavam e 16,6% que o sindicato não representava seus interesses ou não acreditava nele.

Fonte: Extra
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