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Aneel autoriza Eletrobras aumentar conta de energia dos piauienses em 27%

A medida entrou em vigor ainda ontem (28) e o impacto na cobrança deve chegar aos consumidores no final de novembro.

28/09/2017 18:19

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou reajuste de 27% na tarifa de energia elétrica dos consumidores da Eletrobras Piauí. A medida entrou em vigor nesta quinta-feira (28) e o impacto na cobrança deve chegar aos consumidores no final de novembro. O reajuste foi calculado por técnicos da Agência que levam em conta recursos para manutenção da rede elétrica, insumos na geração e distribuição de energia, entre outros.

Ao O DIA, o assistente da Diretoria de Operação e Expansão da Eletrobras Piauí, Anthony Mercury, explicou que o cálculo é completamente feito pela Anatel e entre os fatores que podem ter contribuído para o alto valor está os custos operacionais com manutenção da rede elétrica no Piauí, que nos últimos 4 anos triplicou de capacidade de atuação graças aos investimentos realizados no setor. Ele informou que desde janeiro de 2017 que a Eletrobras deixou de ser a concessionaria e passou a ser prestadora de serviços no estado.

De acordo com pesquisa realizada por O DIA, o reajuste de 27% é o maior registrado pelo menos nos últimos seis anos. A Eletrobras Piauí explicou que as faturas de energia elétrica são compostas por vários itens, como tributos, encargos setoriais, compra e transmissão de energia, e que a parte que corresponde aos serviços de distribuição da Eletrobras são apenas uma fração do valor da tarifa. 

“Se um consumidor do Piauí paga, por exemplo, R$ 100 na sua conta de luz, apenas R$ 22,50 vai para a distribuidora. Os outros R$ 77,50 são para pagar tributos, encargos e custos com compra e transmissão de energia”, diz a nota. 

O governo federal já anunciou que vai vender a Eletrobras nos próximos meses, aguarda apenas o resultado de um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para definir o melhor modelo de privatização. De acordo com a Eletrobras, o reajuste não tem a ver com o desejo de privatizar a empresa. 

Por: João Magalhães - Jornal O Dia
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