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Sobe para 30 o número de presos e situação do concurso do TJ é indefinida

Balanço das ações do Grupo de Repressão ao Crime Organizado na Operação Veritas foi divulgado nesta sexta-feira.

11/03/2016 11:09

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Raimundo Eufrásio, convocou coletiva de imprensa no final da tarde desta sexta-feira (11), mas se limitou a dizer que vai esperar o final do inquérito da Polícia Civil para decidir sobre a nulidade do concurso. "Só então eu vou analisar e levar ao pleno, que vai referendar, ou não, o que eu sugerir", disse o desembargador.

Foto: Assis Fernandes/ODIA

Ele destacou a importância dessa decisão para quem está aguardando o resultado. "Se houver elementos suficientes para anular, isso será feito. Se não, vamos prosseguir com a convocação. Um concurso desse, com 42 mil pessoas e salários de até R$ 7 mil, tem uma grandeza", afirmou o presidente do TJ.

Raimundo Eufrásio garantiu que os candidatos que compraram o gabarito vão responder civil e criminalmente. "A tentativa ou a fraude ficou evidente. Todos serão excluídos do concurso e ainda poderão cerca de cinco anos sem concorrer a certame público", alertou o desembargador.

Na internet, uma petição pública solicita a anulação do concurso. O abaixo-assinado teria como objetivo garantir a legalidade, transparência, moralidade administrativa e segurança jurídica do certame.

Atualizada às 13h20

Subiu para 30 o número de pessoas presas na Operação Veritas, que investiga uma quadrilha especializada em fraude a concursos públicos no Piauí e no Maranhão. O balanço das ações do Grupo de Repressão ao Crime Organizado foi divulgado nesta sexta-feira (11).

Delegado Kleydson Ferreira, que presidiu o inquérito (Foto: Maria Clara Estrêla/O Dia)

Até às 10h30, além das prisões, a polícia colheu 30 depois de pessoas conduzidas à delegacia. Ontem, a polícia aguardava que mais sete pessoas se apresentassem voluntariamente à polícia, acompanhadas de advogados

Entre as pessoas que foram detidas, três homens e quatro mulheres foram liberados pelo Greco, após prestarem interrogatório e confirmarem os fatos investigados. Eles teriam confessado participação na tentativa de fraude ao concurso do Tribunal de Justiça do Piauí.


Entenda como funcionava o esquema 


Enquanto isso, a situação do concurso do TJ segue indefinida. A polícia deve entregar até o dia 17 de março o resultado final do inquérito para a Fundação Getúlio Vargas, organizadora do certame, e para o presidente do TJ, desembargador Raimundo Eufrásio.

Os delegados responsáveis pelo caso preferem não se pronunciar a respeito da validade do concurso e dizem que a decisão cabe aos demais órgãos envolvidos. O TJ, por sua vez, aguarda o resultado da investigação policial para se pronunciar. Já a FGV disse que não vai mais falar sobre o caso.

Por: Nayara Felizardo
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