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Tropas federais não cumprem meta de 'golpear crime organizado' após 1 mês

Cerca de 10 mil homens de Forças Armadas, Força Nacional e Polícia Rodoviária atuam no Rio na esteira da escalada da violência e da crise financeira.

27/08/2017 14:33

A atuação das tropas federais no Rio completa um mês nesta segunda (28) com três mortes, vazamento de informações sigilosas e sem cumprir um de seus principais objetivos: a apreensão de armamento pesado.

Cerca de 10 mil homens de Forças Armadas, Força Nacional e Polícia Rodoviária atuam no Rio na esteira da escalada da violência e da crise financeira. Na chegada das tropas, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que a meta era "golpear o crime organizado" e, principalmente, reduzir o poder de fogo.

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Nenhum fuzil foi apreendido, e informações sigilosas sobre as três operaçõesem que as Forças Armadas foram empregadas vazaram. As 77 pessoas presas não estavam na liderança do tráfico de drogas.

As ações apreenderam 14,1 kg de cocaína, 314 kg de maconha e 1,5 kg de haxixe. Em comparação, ação da PM em julho na favela Pavão-Pavãozinho (zona sul), apreendeu uma tonelada de maconha.

A ideia de dar um "sufoco logístico e financeiro" no crime foi frustrada por vazamentos. Um soldado do exército chegou a ser preso por vazar uma operação.

POLICIAIS

Com a onda de violência que atinge o Rio, chegou aos três dígitos, neste sábado (26), o número de policiais militares mortos em ações violentas no Estado em 2017. O centésimo nome da lista foi o do segundo sargento Fabio José Cavalcante e Sá, 39, baleado na frente do pai, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

As circunstâncias em que o sargento foi baleado parecem ser típicas do perfil de mortes de PMs no Estado: fora de serviço, no fim de semana e na Baixada Fluminense, região que concentra muitas dessas mortes.

A série da estatística policial, iniciada em 1994, mostra que o problema da vitimização policial é antigo. No entanto, agora, todos os fatores que levam à morte de policiais foram exacerbados com a crise econômica que deixa um rombo de R$ 21 bilhões nos cofres fluminenses e uma série de servidores e pensionistas com vencimentos atrasados.

No Estado, homicídios e roubos em geral também estão em alta. PMs são vítimas frequentes de assalto e, por andarem armados, são mortos ao reagirem ou serem identificados.

Fonte: Folha de São Paulo
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