Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Taxa de analfabetismo fica estagnada no país, diz pesquisa do IBGE

Os dados fazem parte do módulo de educação da Pnad Contínua, pesquisa de abrangência nacional do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que coleta amostra de 211 mil domicílios em todo o território nacional.

19/05/2018 08:50

A taxa de analfabetismo no país ficou estagnada entre 2016 e 2017, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (18) pelo IBGE.

O Brasil encerrou o ano passado com 11,5 milhões de analfabetos, 300 mil a menos do que tinha no ano anterior.

O percentual de pessoas de 15 anos ou mais que não sabia ler ou escrever ao final de 2017 era de 7%, contra a taxa de 7,2% um ano antes. Apesar da pequena queda, estatisticamente esse movimento é de estabilidade.

Os dados fazem parte do módulo de educação da Pnad Contínua, pesquisa de abrangência nacional do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que coleta amostra de 211 mil domicílios em todo o território nacional.

No ano passado, o instituto havia divulgado pesquisa com nova compilação de dados e com maior área de cobertura.

Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

Na ocasião, não era possível comparar os resultados com os de anos anteriores. A pesquisa divulgada nesta sexta-feira é a primeira com possibilidade de comparação anual.

A taxa de analfabetismo não apresentou grandes mudanças entre os anos de 2016 e 2017 nas cinco faixas etárias pesquisadas pelo IBGE.

A maior queda foi observada na faixa de 60 anos ou mais, justamente a que concentra o maior percentual de analfabetos no país. A taxa, nesse caso, passou de 20,4% para 19,3% –redução de 1,1 ponto percentual. Nas demais faixas, o recuo não supera 0,5 ponto.

Não houve mudança significativa na desigualdade expressa no indicador, quando considerados cor ou sexo dos brasileiros. O percentual de analfabetos, em 2017, entre negros e pardos (9,3%) ainda era mais do que o dobro do de brancos (4%).

A situação, portanto, era semelhante à observada em 2016, com tímidas quedas de 0,2 ponto percentual entre brancos e 0,6 ponto percentual entre negros e pardos.

A investigação por raça ou cor passou a ser feita pela primeira vez no ano passado.

O resultado da pesquisa mostrou que os brancos têm mais acesso à educação no país do que negros. Populações mais velhas têm também o maior contingente de analfabetos, o que denota dificuldade para alfabetizar pessoas com escolaridade atrasada.

A pesquisa feita pelo IBGE expõe também a desigualdade regional no acesso à educação. Enquanto as regiões Sudeste e Sul têm a menor taxa de analfabetismo, de 3,5%, o indicador no Nordeste é muito superior, de 14,5% em 2017. Não houve variação expressiva entre os anos.

A taxa de analfabetismo entre homens era maior (7,1%) do que entre as mulheres (6,8%) no ano passado.

Também nesse caso, a variação anual não foi considerada estatisticamente expressiva –de 0,3 ponto no caso deles e de 0,2 no caso delas.

Fonte: Folhapress
Mais sobre: