Dois adolescentes de 15 anos foram parar na delegacia em Fernando Prestes (SP), após serem pegos com 30 papelotes com um pó branco em uma escola municipal. O material foi submetido a testes e o resultado surpreendeu a Polícia Civil, uma vez que não se trata de cocaína, nem crack. A hipótese de que a substância possa, na verdade, ser farinha gerou um alerta na cidade, uma vez que a polícia suspeita que os estudantes estavam brincando de traficar drogas.
A polícia não descarta, no entanto, a venda de farinha como entorpecente pelos jovens. O Conselho Tutelar e a Secretaria Municipal de Educação acompanham o caso.
“A funcionária percebeu dois meninos conversando. Eles foram ao banheiro, ela entrou atrás e viu eles apanhando um pacotinho contendo mais 14 papelotes dessa substância, também igual a cocaína”, diz.
O Conselho Tutelar foi chamado e encaminhou os adolescentes à delegacia. Na presença dos pais, os estudantes prestaram esclarecimentos à polícia e depois foram liberados.
Funcionários de escola municipal em Fernando Prestes chamaram a polícia e o Conselho Tutelar (Foto: Reprodução/EPTV)
A substância foi submetida a um exame pericial e o resultado negativo para cocaína e crack surpreendeu a polícia. “A gente iniciou uma investigação voltada para o tráfico de drogas, mas, agora, com o resultado do exame pericial, a gente vai ouvir os funcionários, ouvir os alunos para tentar descobrir se foi uma brincadeira ou qualquer outro tipo de situação”, diz Silva.
De acordo com o secretário de Educação Antônio Benatti Neto, o episódio é motivo de preocupação para pais e escola. “Foi uma brincadeira de mau gosto dos alunos. Isso não se faz, isso está errado ainda mais sendo dentro da escola. Não se deve fazer isso. A escola nunca deixa de se preocupar com esse tipo de coisa, está sempre atenta”, afirma.
Segundo a conselheira Liliani Damiani, os estudantes foram orientados sobre os riscos oferecidos pelo envolvimento com drogas. Liliani diz que o trabalho de conscientização é feito periodicamente nas escolas. “Nós conversamos há muito tempo para não brincar, não usar, não levar para a escola, mas é bem difícil controlar.”
Fonte: G1