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Suspeitos de tráfico, alunos vão parar na delegacia com papelotes de farinha

Funcionários chamaram a PM após verem jovens com substância suspeita. Teste deu negativo para cocaína; polícia crê em brincadeira de mau gosto.

05/03/2017 08:27

Dois adolescentes de 15 anos foram parar na delegacia em Fernando Prestes (SP), após serem pegos com 30 papelotes com um pó branco em uma escola municipal. O material foi submetido a testes e o resultado surpreendeu a Polícia Civil, uma vez que não se trata de cocaína, nem crack. A hipótese de que a substância possa, na verdade, ser farinha gerou um alerta na cidade, uma vez que a polícia suspeita que os estudantes estavam brincando de traficar drogas.

A polícia não descarta, no entanto, a venda de farinha como entorpecente pelos jovens. O Conselho Tutelar e a Secretaria Municipal de Educação acompanham o caso.

Brincadeira de mau gosto
Funcionários da Escola Professora Sophia Athayde Pedras Soli, que atende 250 alunos com idades de 11 a 15 anos, chamaram a polícia no dia 22 de fevereiro depois que um estudante procurou a direção para contar que havia encontrado 15 pacotes com uma substância branca. Segundo o delegado Claudemir da Silva, dois dias depois, o fato voltou a se repetir, mas dois suspeitos foram identificados.

“A funcionária percebeu dois meninos conversando. Eles foram ao banheiro, ela entrou atrás e viu eles apanhando um pacotinho contendo mais 14 papelotes dessa substância, também igual a cocaína”, diz.

O Conselho Tutelar foi chamado e encaminhou os adolescentes à delegacia. Na presença dos pais, os estudantes prestaram esclarecimentos à polícia e depois foram liberados.


Funcionários de escola municipal em Fernando Prestes chamaram a polícia e o Conselho Tutelar (Foto: Reprodução/EPTV)

A substância foi submetida a um exame pericial e o resultado negativo para cocaína e crack surpreendeu a polícia. “A gente iniciou uma investigação voltada para o tráfico de drogas, mas, agora, com o resultado do exame pericial, a gente vai ouvir os funcionários, ouvir os alunos para tentar descobrir se foi uma brincadeira ou qualquer outro tipo de situação”, diz Silva.

De acordo com o secretário de Educação Antônio Benatti Neto, o episódio é motivo de preocupação para pais e escola. “Foi uma brincadeira de mau gosto dos alunos. Isso não se faz, isso está errado ainda mais sendo dentro da escola. Não se deve fazer isso. A escola nunca deixa de se preocupar com esse tipo de coisa, está sempre atenta”, afirma.

Segundo a conselheira Liliani Damiani, os estudantes foram orientados sobre os riscos oferecidos pelo envolvimento com drogas. Liliani diz que o trabalho de conscientização é feito periodicamente nas escolas. “Nós conversamos há muito tempo para não brincar, não usar, não levar para a escola, mas é bem difícil controlar.”

Fonte: G1
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