Dois presos foram encontrados mortos na manhã deste sábado (4) na Cadeia Pública de Mossoró, cidade da região Oeste potiguar. Segundo a Secretaria de Justiça e da Cidadania (Sejuc), está descartada a possibilidade de briga envolvendo facções criminosas. A suspeita, de acordo com a direção da unidade, é de uma disputa por venda de drogas nas ruas.
Weldon da Silva Nascimento, mais conhecido como 'Macarrão', e David Sales da Silva, o 'Quixabeirinha', foram encontrados mortos na Cadeia Pública de Mossoró (Foto: Sejuc/Divulgação)
Em contato com o G1, o secretário Wallber Virgolino disse que foram encontrados enforcados Weldon da Silva Nascimento, mais conhecido como 'Macarrão', preso for furto, e David Sales da Silva, o 'Quixabeirinha', que respondia por assalto à mão armada.
"A causa da morte só mesmo o Itep (Instituto Técnico-Científico de Perícia) para dizer. Certo mesmo é que não foi rixa entre facções, pois os dois que morreram era do PCC e estavam isolados em uma pavilhão que só tem preso do PCC. Foi coisa interna mesmo, uma disputa por espaço e controle no tráfico na cidade", afirmou o titular da Sejuc.
A Polícia Civil vai investigar o caso.
Ao todo, até o momento, Itep já recolheu corpos de 26 presos em Alcaçuz (Foto: Divulgação/PM)
Facções
A disputa pelo controle do tráfico de drogas no RN tem causado violência não apenas nas ruas. Dentro dos presídios do estado presos do Sindicato do RN e do Primeiro Comando da Capital, o PCC, também estão se matando. Em janeiro, a Penitenciária estadual de Alcaçuz foi palco de uma carnificina. Pelo menos 26 detentos foram assassinados durante um confronto envolvendo presos dos dois grupos. O 'Massacre de Alcaçuz', como ficou conhecida a matança, entrou para história como o mais violento episódio da história do sistema prisional potiguar.
Calamidade
O Governo do Rio Grande do Norte prorrogou por mais 180 dias a situação de calamidade no sistema prisional do estado, que neste mês completa 2 anos de situação crítica. A renocação foi publicada na edição deste sábado (4) do Diário Oficial do Estado (DOE). Veja AQUI a íntegra do decreto.
Fonte: G1