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População desocupada no Brasil chega a 12,3 milhões e bate recorde

Número de pessoas desocupadas no país aumentou 36% em relação ao mesmo trimestre de 2015, o que corresponde a 3,3 milhões de pessoas.

31/01/2017 17:04

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (31) apontam que, no 4º trimestre móvel de 2016, a taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,0%, maior índice já registrado desde que este indicador começou a ser medido pelo IBGE, em 2012.

A taxa permaneceu estável em relação ao 3º trimestre móvel de 2016, quando o percentual de desocupação ficou em 11,8%. Mas cresceu significativamente em relação ao 4º trimestre móvel de 2015, quando a desocupação ficou em 9%.

A população desocupada no Brasil (12,3 milhões de pessoas) apresentou crescimento de 2,7% frente ao trimestre de julho a setembro de 2016 (12 milhões) e aumentou 36% (ou mais 3,3 milhões de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2015.

A população ocupada (90,3 milhões) cresceu 0,5% em relação ao trimestre anterior, e recuou 2,1% em relação ao quarto trimestre de 2015, o que representa menos 2 milhões de pessoas ocupadas.

Cerca de 34 milhões de pessoas ocupadas no setor privado tinham carteira de trabalho assinada. Esse contingente ficou estável no trimestre e recuou no ano (-3,9% ou menos 1,4 milhão de pessoas).

Rendimento médio

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 2.043) permaneceu estável em relação ao trimestre anterior (R$ 2.026), e também em relação ao mesmo trimestre de 2015 (R$ 2.033).

A massa de rendimento real habitual (R$ 180 bilhões) aumentou 1,2% frente ao trimestre anterior (R$ 177,8 bilhões), mas caiu 1,2% em relação ao mesmo trimestre de 2015 (R$ 182,2 bilhões).

Quanto às médias anuais, a taxa de desocupação média para 2016 foi de 11,5%, acima dos 8,5% de 2015. A população desocupada passou de 8,6 milhões, na média de 2015, para 11,8 milhões, em 2016 (alta de 37%).

Já a população ocupada caiu de 92,1 milhões de pessoas para 90,4 milhões. 

O número de empregados com carteira assinada no setor privado recuou 3,9%, passando de 35,7 milhões, em 2015, para 34,3 milhões em 2016.  

O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos se contraiu em 2,3% entre 2015 e 2016 (caindo de R$ 2.076 para R$ 2.029). E a massa de rendimento real habitual também registrou queda de 3,5% (de R$ 185.354 milhões para R$ 178.865 milhões).

Pessoas ocupadas

O contingente de pessoas ocupadas foi estimado em aproximadamente 90,3 milhões no trimestre de outubro a dezembro de 2016. O contingente de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada, estimado em 34,0 milhões de pessoas, apresentou estabilidade em comparação com o trimestre de julho a setembro de 2016. O confronto com o trimestre de outubro a dezembro de 2015 mostrou queda de 3,9%, o que representou diminuição de cerca de 1,4 milhão de pessoas com carteira de trabalho assinada.

No período de outubro a dezembro de 2016, a categorias dos empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (10,5 milhões de pessoas) apresentou elevação (2,4%) em relação ao trimestre de julho a setembro de 2016 (mais 248 mil pessoas). Comportamento similar foi observado em relação ao mesmo período do ano anterior, registrando aumento de 4,8%, ou seja, aumento de 481 mil pessoas.

A categoria dos conta própria (22,1 milhões de pessoas) registrou expansão (1,3%) frente ao trimestre de julho a setembro de 2016 (mais 274 mil pessoas). Em relação ao mesmo período do ano anterior o movimento foi de queda (3,4%, ou seja, - 784 mil pessoas).

O contingente de empregadores, estimado em 4,1 milhões de pessoas, apresentou estabilidade frente ao trimestre imediatamente anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, esse contingente registrou elevação de 4,8% (mais 190 mil pessoas).

A categoria dos trabalhadores domésticos, estimada em 6,1 milhões de pessoas, se manteve estável tanto em relação ao trimestre de julho a setembro de 2016 quanto frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015.

Grupamentos de atividade

A análise do contingente de ocupados, segundo os grupamentos de atividade, do trimestre móvel de outubro a dezembro de 2016, em relação ao trimestre de julho a setembro de 2016, mostrou retração na Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,3%, ou seja - 199 mil pessoas) e expansão nos grupamento de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,3%, ou seja, 559 mil pessoas), Transporte, armazenamento e correio (2,5%, ou seja, 110 mil pessoas) e Alojamento e alimentação (3,1%, ou seja, 145 mil pessoas). Os demais grupamentos se mantiveram estáveis.

Na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2015, foi observada redução nos seguintes grupamentos: Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Agricultura, -4,5% (-417 mil pessoas), Indústria Geral, -7,7% (-955 mil pessoas), Construção, -10,8% (-857 mil pessoas), e Serviços domésticos, -3,7% (-238 mil pessoas). E verificou-se aumento no grupamento de Alojamento e Alimentação, 5,4% (247 mil pessoas). Os demais grupamentos não sofreram alteração.

Rendimento

O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 2.043 no trimestre de outubro a dezembro de 2016, registrando estabilidade frente ao trimestre de julho a setembro de 2016 (R$ 2.026). Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.033) o quadro também foi de estabilidade.

A única posição na ocupação que registrou queda do rendimento médio real habitual em relação ao trimestre de julho a setembro de 2016 foi a dos Empregados no setor privado sem carteira, que apresentou queda de 3,7%. A posição na ocupação que apresentou elevação do rendimento médio real foi a dos Empregados no setor público (2,2%). As demais categorias não apresentaram variação. Na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2015, os ocupados como Conta própria tiveram queda no rendimento nesta estimativa (-3,5%), para as demais categorias a variação observada não foi significativa.

Tanto na comparação com o trimestre de julho a setembro de 2016 como na comparação frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015, o único grupamento de atividade que apresentou variação no rendimento médio real habitual foi o da Indústria em geral, registrando uma queda do rendimento de3,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 4,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Esta estimativa permaneceu estável em todos os demais grupamentos de atividade.

Fonte: Da Redação
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