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Piauí tem os adolescentes mais sedentários do Brasil, aponta pesquisa do IBGE

Apenas 25,8% dos estudantes do Piauí declararam ter feito 300 minutos ou mais de atividade física acumulada no período de sete dias.

27/08/2016 15:43

Dados divulgados na última sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontam que 34,4% dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental eram ativos ou acumularam 300 minutos ou mais de atividade física nos últimos sete dias antes de responderem à Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE).

O levantamento foi feito pelo IBGE a partir de convênio celebrado com o Ministério da Saúde, e contou com o apoio do Ministério da Educação.

Neste item da pesquisa, o Piauí ficou na pior colocação entre todas as unidades da Federação, com apenas 25,8% dos estudantes tendo declarado que fizeram 300 minutos ou mais de atividade física acumulada no período de sete dias.

O Distrito Federal, por seu turno, apresentou o melhor resultado, com 40% dos adolescentes considerados ativos. Em seguida, com melhores resultados no ranking aparecem os Estados de Mato Grosso do Sul (39,6%), Paraná (38,5%), Minas Gerais (38,0%), Tocantins (38,0%) e Amazonas (37,6%).

A maioria dos adolescentes entrevistados, 60,8%, foi classificada como insuficientemente ativa, e 4,8% como inativa. Houve importante diferença no indicador na classificação por sexo. Enquanto quase 44% dos meninos informaram praticar 300 minutos ou mais de atividade física semanal, para as meninas esse percentual foi pouco superior a 25%.

As Regiões Centro-Oeste (37,9%) e Nordeste (29,6%) exibiram os valores extremos da variação regional de estudantes classificados como ativos. Quando considerados somente os municípios das Capitais brasileiros, Curitiba (41,4%), Vitória (40,0%), Campo Grande (39,9%), Florianópolis (39,4%) estão entre as capitais com os maiores valores para o indicador citado. 

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2015.

Este indicador foi obtido somando-se os tempos de atividade física acumulada em sete dias. Os adolescentes entrevistados responderam a oito questões, que tratam de três domínios: deslocamento de casa para a escola e da escola para casa; aulas de educação física na escola; e outras atividades físicas extraescolares. 


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Público da pesquisa

A maior parte dos estudantes entrevistados (88,6%) tinha idade entre 13 e 15 anos, sendo que 51,0% tinham 14 anos. Os meninos representaram 48,7% (1,28 milhão) e as meninas, 51,3% (1,35 milhão) da amostra. A rede pública de ensino concentrou 85,5% (2,3 milhões) dos estudantes, enquanto 14,5% (380,4 mil) estudavam na rede privada.

A PeNSE 2015, assim como as edições anteriores (2009 e 2012), contemplou questões sobre aspectos socioeconômicos; contexto familiar; hábitos alimentares; prática de atividade física; experimentação e consumo de cigarro, álcool e outras drogas; saúde sexual e reprodutiva; violência, segurança e acidentes; utilização de serviços de saúde, entre outros aspectos.

Nessa edição, a PeNSE traz, ainda, resultados usando um novo plano amostral (amostra 2), com informações para cada uma das idades ou grupos de idades entre 13 e 17 anos, permitindo maior comparabilidade com indicadores internacionais. Para tanto foi ampliado o escopo de turmas selecionadas no ensino fundamental (do 6º ao 9º ano) e incluído o ensino médio (da 1ª a 3ª série).

Em ambas as amostras há dados para Brasil e grandes regiões. Para a amostra 1, 9º ano do ensino fundamental, além dos dados obtidos para as capitais, como em 2009 e 2012, a PeNSE 2015 apresenta, também, dados para cada uma das unidades da federação. O questionário da PeNSE é aplicado diretamente ao estudante, sem que haja o intermédio de um entrevistador.

Clique aqui para acessar todos os resultados da PeNSE 2015, no site do IBGE.

Por: Cícero Portela
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