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Piauí possui a 2ª maior taxa de subutilização da força de trabalho no país

A Bahia lidera o ranking, com uma taxa de subutilização de 40,1%, enquanto o Piauí tem uma taxa de 38,5%. E o Maranhão aparece na terceira posição, com 37% da força de trabalho subutilizada.

17/11/2017 10:24

Dados divulgados nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Piauí possui a segunda maior taxa composta de subutilização da força de trabalho - que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e os que fazem parte da força de trabalho potencial.

A Bahia lidera o ranking, com uma taxa de subutilização de 40,1%, enquanto o Piauí tem uma taxa de 38,5%. E o Maranhão aparece na terceira posição, com 37% da força de trabalho subutilizada.

Taxa de subutilização agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e os que fazem parte da força de trabalho potencial (Foto: Assis Fernandes / O DIA)

Os menores índices foram observados em Santa Catarina (10,9%), Mato Grosso (14,8%) e Rondônia (15,5%).

No segundo trimestre deste ano, o Piauí chegou a liderar o ranking de subutilização da força de trabalho.

Considerado todo o país, o índice ficou em 23,9% no terceiro trimestre de 2017, percentual que corresponde a 26,8 milhões de pessoas. A taxa é superior à observada no segundo trimestre de 2017 (23,8%) e também à do terceiro trimestre de 2016 (21,2%).

Os dados constam na nova atualização da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). 

A taxa de desocupação no terceiro trimestre de 2017 (12,4% no Brasil) apresentou redução de 0,6 ponto percentual em comparação com o segundo trimestre de 2017 (13,0%), e elevação de 0,6 ponto percentual frente ao terceiro trimestre de 2016 (11,8%).

Ainda no confronto com o segundo trimestre de 2017, houve retração desse indicador nas regiões Sul (de 8,4% para 7,9%), Centro-Oeste (de 10,6% para 9,7%) e Nordeste (15,8% para 14,8%).

Apesar do bom resultado na comparação trimestral, o Nordeste permanece registrando a maior taxa de desocupação entre todas as regiões do país.

Renda

No terceiro trimestre de 2017, o rendimento médio real habitual das pessoas ocupadas foi estimado em R$ 2.115 no país.

Não houve aumentos significativos na renda média brasileira em comparação com o segundo trimestre deste ano (R$ 2.108) e com o terceiro trimestre do ano anterior (R$ 2.065).

Na comparação entre as grandes regiões, do segundo trimestre de 2017 para o terceiro trimestre de 2017, foi observada estabilidade estatística do rendimento médio em todas as regiões. 

Taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação

A taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação (pessoas ocupadas com uma jornada de menos de 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar em um período maior, somadas às pessoas desocupadas) foi de 18,5%, equivalente a 19,2 milhões de pessoas. No 2º trimestre de 2017, no Brasil, essa taxa foi de 18,6%, e no terceiro trimestre de 2016, de 16,5%. 

No terceiro trimestre de 2017, as maiores taxas foram verificadas nas seguintes unidades Federação: Bahia (30,8%), Piauí (27,7%), Sergipe (25,2%), Maranhão (24,9%) e Pernambuco (24,5%). E as menores em Santa Catarina (8,9%), Mato Grosso (12,0%), Rondônia (12,2%), Mato Grosso do Sul (12,8%), Paraná (13,0%) e Rio Grande do Sul (13,0%).

Taxa combinada da desocupação e da força de trabalho potencial

A taxa combinada da desocupação e da força de trabalho potencial, que abrange os desocupados e as pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar (força de trabalho potencial), foi de 18,3%, representando 20,5 milhões de pessoas. No segundo trimestre de 2017, no Brasil, essa taxa foi de 18,5%, e no terceiro trimestre de 2016, de 16,8%. 

Alagoas (28,7%), Maranhão (28,2%), Bahia (27,9%) e Pernambuco (27,1%) foram os estados com as maiores taxas combinadas de desocupação e força de trabalho potencial. As menores taxas foram observadas em Santa Catarina (8,8%), Rio Grande do Sul (10,9%) e Paraná (12,0%).

Contingente de pretos e pardos aumenta na população desocupada entre 2012 e 2017

O contingente dos desocupados no Brasil no 3º trimestre de 2017 era de 13,0 milhões de pessoas, com participação dos pardos de 52,6%; a dos brancos ficou em 35,6% e dos pretos subiu para 11,1%. No 3º trimestre de 2012, os pardos representavam 51,9% dessa população; seguido dos brancos, 38,3% e dos pretos 9,3%.

Norte e Nordeste têm maiores percentuais de população ocupada nos níveis de instrução mais baixos

No terceiro trimestre de 2017, a pesquisa mostrou que, de toda a população ocupada no Brasil, 27,4% dos trabalhadores não tinham concluído o ensino fundamental, 57,3% tinham concluído pelo menos o ensino médio e 18,9% tinham concluído o nível superior.

Regionalmente, a análise destacou um quadro diferenciado. Nas regiões Norte (34,7%) e Nordeste (35,7%), o percentual de pessoas nos níveis de instrução mais baixos (não tinham concluído o ensino fundamental) é superior ao observado nas demais regiões. 

Nas regiões Sudeste (62,8%) e Centro-Oeste (56,4%) o percentual das pessoas em idade de trabalhar que tinham completado pelo menos o ensino médio era superior ao das demais regiões. 

E a região Sudeste (21,9%) foi a que apresentou o maior percentual de pessoas com nível superior completo, enquanto a região Norte teve o menor (14,1%).

Nordeste tem o menor nível de ocupação

O nível da ocupação no Brasil, no terceiro trimestre de 2017, foi estimado em 54,1%. Este indicador permaneceu estável comparação com igual trimestre de 2016.

No cenário regional, foram verificadas diferenças de patamar no nível da ocupação. As regiões Sul (59,4%) e Centro-Oeste (59,3%) foram as que apresentaram os maiores percentuais de pessoas trabalhando entre aquelas em idade de trabalhar. A região Nordeste apresentou o menor nível da ocupação (46,6%).

O nível da ocupação dos homens, no Brasil, foi estimado em 64,1% e o das mulheres, em 45,0%. O comportamento diferenciado deste indicador entre homens e mulheres foi verificado nas cinco grandes regiões, com destaque para a Norte, onde a diferença entre homens e mulheres foi a maior (23,4 pontos percentuais). Já o Sudeste tem a menor diferença na taxa de ocupação entre gêneros (18 pontos percentuais).

Nordestinos, mulheres e pardos são maioria fora da força de trabalho

No Brasil, no terceiro trimestre de 2017, 38,2% das pessoas em idade de trabalhar foram classificadas como fora da força de trabalho (64,5 milhões), ou seja, aquelas que não estavam ocupadas nem desocupadas na semana de referência da pesquisa.

A região Nordeste foi a que apresentou a maior parcela de pessoas fora da força de trabalho, 45,3%. As regiões Sudeste (35,1%), Sul (35,5%) e Centro-Oeste (34,3%) tiveram os menores percentuais. O IBGE destaca, em seu levantamento, que esta configuração não se alterou significativamente ao longo de toda a série histórica disponível.

A população fora da força de trabalho é composta em sua maioria por mulheres. No terceiro trimestre de 2017, elas representavam 65,1% desse contingente, mantendo a tendência da série histórica disponível.

No terceiro trimestre de 2017, os pardos eram maioria na população fora da força (48,0%), seguidos pelos brancos (43,2%) e pelos pretos (7,9%). Frente a 2012, foi observada a tendência de queda da proporção de pessoas declaradas brancas, e aumento das pretas e pardas.

Por: Cícero Portela
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