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Pezão vai à Justiça contra o ministro Torquato Jardim

Governador do RJ assinou documento judicial questionando o ministro sobre acusações feitas contra a segurança pública do estado. Ação já foi remetida ao Supremo Tribunal Federal.

01/11/2017 17:05

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, questionou judicialmente o ministro da Justiça, Torquato Jardim, sobre as acusações feitas por ele contra a segurança pública do estado. O governador afirmou ao G1 que assinou digitalmente o documento elaborado pela Procuradoria-Geral do Estado e que a representação já foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal.

Em entrevistas concedidas ao UOL e jornal O Globo, Torquato Jardim afirmou que o comando da Polícia Militar decorre de "acerto com deputado estadual e o crime organizado". Disse, ainda, que "comandantes de batalhão são sócios do crime organizado no Rio" e, nesta quarta, voltou a criticar a segurança estadual dizendo, por exemplo, que "voltamos à Tropa de Elite 1 e 2".

As falas do ministro repercutiram inclusive na Câmara dos Deputados, em Brasília. O presidente da Casa, deputado federal Rodrigo Maia, que é do Rio de Janeiro, disse em entrevista à jornalista Andréia Sadi que está "perplexo" e aguarda "provas" do ministro.

Na tarde desta quarta, o governo do Rio reuniu oficiais no Palácio Guanabara, sede do poder executivo estadual, para discutir as declarações do ministro. Após o encontro, o secretário de Segurança, Roberto Sá, falou com jornalistas e se solidarizou com a PM.


O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (Foto: Isac Nóbrega/PR)

"Conheço o coronel [Wolney] Dias há 34 anos, tem uma carreira ilibada e está totalmente alinhado com minhas diretrizes", afirmou o secretário sobre o oficial escolhido pelo governador para ser comandante-geral da PM. "Isso não quer dizer que não há oficiais da ativa aptos para assumir o comando [da PM], apenas considerei que, para o momento que vivemos, o nome do coronel Dias era o melhor".

Além disso, Sá reforçou que o ex-comandante do 3º BPM (Méier) coronel Gustavo Teixeira, baleado e morto no bairro, foi assassinado durante um roubo, conforme apontam as investigações da Divisão de Homicídios. Segundo o secretário, a fala do ministro sobre o ex-comandante deixou todos "consternados, incluindo a família do coronel".

Sobre a morte de Teixeira, Torquato Jardim disse, entre outras coisas, que deveria se tratar de um "acerto de contas".

Após a declaração de Sá, o comandante-geral da PM, coronel Wolney Dias, complementou a fala do secretário repetindo que comanda uma "legião de heróis" que "tingem o solo do estado de sangue". Dias acrescentou que também é signatário da ação judicial que vai exigir explicações do ministro.

Fonte: G1
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