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País fecha 91 mil empregos no mês de junho; 1,7 milhão fechados em 12 meses

Piauí está entre os oito Estados da Federação onde não houve aumento do desemprego em junho, mas crescimento foi pífio.

27/07/2016 18:28

A crise econômica no país continua atingindo de forma implacável os brasileiros, sobretudo os mais pobres. Nesta quarta-feira (27), novos números divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social apontam que no mês de junho foram fechados 91.032 empregos celetistas, equivalentes a uma retração de 0,23% no estoque de assalariados com carteira assinada em relação ao mês anterior.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indica ainda que houve um decréscimo de 531.765 empregos (-1,34%) no acumulado do ano, já incorporando os dados declarados fora do prazo.

E o resultado é ainda pior se considerados os últimos 12 meses, período em que se verificou uma redução de 1.765.024 postos de trabalho, correspondendo a uma retração de 4,31% no contingente de empregados celetistas do país.

O Piauí figura entre os oito Estados onde não houve aumento do desemprego no último mês de junho. Porém, o crescimento foi pífio. Conforme os números do Caged, 9.024 pessoas foram admitidas e 8.923 foram demitidas no mês passado no Estado, resultando num saldo de 101 postos gerados - variação positiva de apenas 0,03% em relação ao contingente total de trabalhadores do Piauí.

Minas Gerais foi o Estado onde houve a maior geração de empregos no mês de junho. Lá o saldo positivo foi de 4.567 postos (+0,11%). Enquanto São Paulo e Rio de Janeiro tiveram os piores desempenhos, com o fechamento de 29.914 (-0,25%) e 15.748  (-0,43%) empregos celetistas, respectivamente.

Piauí perdeu quase 12 mil postos nos últimos doze meses

Ainda segundo os dados do CAGED, a discreta alta no montante de empregos do Piauí em junho deveu-se aos desempenhos positivos em dois setores: agropecuária (+346 postos) e indústria da transformação (+264 postos), cujos saldos superaram o saldo negativo do comércio (-399 postos).

Na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, no primeiro semestre do corrente ano o Piauí fechou 8.103 postos (-2,70%).

E nos últimos 12 meses o resultado foi ainda pior, com uma retração de 3,78% no nível de emprego, percentual que equivale a 11460 postos de trabalho encerrados no período.

Comportamento do emprego segundo setores de atividade econômica, no Piauí:

Tabela mostra o número de trabalhadores admitidos e desligados em junho de 2016, no País:

No País, apenas agropecuária e administração pública geraram emprego em junho

Considerando os números dos diferentes setores de atividade econômica no país, apenas a agropecuária e a administração pública apresentaram variação positiva no número de empregos formais.

A agropecuária, particularmente, salvou o país de um resultado ainda pior, ao gerar 38.630 empregos (+2,41%). E a administração pública gerou outros 790 postos (+0,09%) no mês de junho.

O setor de serviços, por sua vez, sofreu a maior baixa em números absolutos, com incríveis 42.678 postos fechados (-0,25%). 

Já o setor da construção civil amargou a maior queda proporcional, com a perda de 28.149 empregos celetistas (-1,09%).

Divulgado desde 1992, o Caged registra as contratações e as demissões em empregos com carteira assinada com base em declarações enviadas pelos empregadores ao Ministério do Trabalho.

Comportamento dos meses de junho no período de 2003 a 2016, no País:

Comportamento do emprego formal nos últimos doze meses, no País:

Por: Cícero Portela
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