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Pais devem redobrar cuidados nas férias

A ociosidade durante o período pode resultar em alguns acidentes que podem ser evitados.

04/07/2015 08:25

Durante as férias escolares as crianças ficam mais tempo ociosas. Este fator aumenta o número de acidentes, por isto, os pais devem tomar cuidados redobrados na atenção com os filhos. Neste período, os acidentes domésticos tendem a aumentar devido ao tempo livre dentro de casa e nas áreas como quintal, calçada e piscina. A recomendação primordial é manter vigilância constante.

De acordo com o Major José Veloso, do Corpo de Bombeiros de Teresina, os casos com crianças mais frequentes nesta época do ano são de acidentes domésticos, no que se refere às instalações elétricas e quedas de diversos tipos, como de escada e bicicleta. “Criança ociosa tem muito mais ocorrência do que estes, também tem ocorrência com produtos tóxicos, porque às vezes estão em casa brincando e entram em contato com produto de limpeza, engolir objetos, enfiar o dedo em peças metálicas e não conseguir mais tirar, entre outras”, explica o major.

Para o major, criança tem muita energia para gastar, e essa energia precisa ser canalizada. “A melhor forma de canalizar essas energias não é dizer não. É melhor direcionar a determinadas ocupações, por exemplo, evitar acidente aquático é criar competições. Levar a criança para colônia de férias ao invés de deixá- la ociosa em casa, ela quer queimar energia, pular, correr, mexer nas coisas por curiosidade”, conta o major. Os cuidados devem ser redobrados também de acordo com a faixa etária da criança, os acidentes são decorrentes da própria fase da criança.

Após o primeiro ano de vida, a criança anda com equilíbrio cada vez maior, explora os ambientes da casa, inicialmente os internos, depois os externos, sobe e desce degraus, percebe objetos escondidos, imita o adulto e desafia limites. Tem uma motivação forte e constante para explorar o ambiente, porém a coordenação motora insuficiente e a total incapacidade de reconhecer riscos podem levá-la a um grande número de lesões físicas.

“Quando ele está em período de creche não tem contato com essas coisas, quando está em casa começa a determinadas coisas. Como janelas abertas, portas. Então, há uma série de possibilidades de acidentes que são própria energia que está naquele ser que não tem noção de referência, que como não tem experiência, ele quer experimentar de tudo”, acentua Major Veloso. Para o major, o cuidado dos pais é de estar sempre presente, vigiando os filhos e se possível, compartilhar dos momentos junto com eles, brincando e o incentivando a desenvolver atividades.

“A regra básica é curtir com a criança, você não sair de perto, porque não adianta proibir. Não adianta falar para uma criança, por exemplo, para ela parar de fazer algo para não levar um choque porque ela não sabe o que é um choque”, conta o Major. A recomendação é viver com a criança, estar sempre presente, porque como eles ainda estão se desenvolvendo, os pais é quem devem pensar pela criança.

De acordo com o pediatra Sérgio Albuquerque, uma ocorrência frequente nessa época são as quedas. “Queda de bicicleta, queda porque está em casa correndo, ou porque está brincando”, explica. O cuidado nesse caso, é vigiar e tentar prever a queda para evitá- la. Para crianças de até 3 anos, alguns cuidados devem ser tomados, como: instalar grades de proteção nas portas, nas bases e topos de escadas. Lembre-se de que grades fixas são sempre mais seguras do que portõezinhos, pois estes são fáceis de esquecer abertos. O bebê jamais deve ser deixado sozinho em cima de camas, sofás, trocadores ou qualquer tipo de superfície elevada. Não utilizar andadores, eles pode atingir a velocidade de até um metro por segundo, além de atrasar o desenvolvimento psicomotor da criança. Telas de proteção devem ser instaladas em todas as janelas de apartamentos e sobrados.

Caso a criança caia, o responsável por ela no momento deve demonstrar tranquilidade. “De acordo com a gravidade da queda, se for preciso levar para algum serviço de urgência, não dá analgésico. Pode colocar gelo no lugar do acidente, fazer curativo compressivo, mas não é recomendado dar analgésico até chegar ao hospital”, explica o pediatra. De acordo com o pediatra, as crianças devem aproveitar bastante as férias. “Brincar é a prioridade para as crianças, é justo que elas façam atividades diferentes. Esse momento também é importante no desenvolvimento delas, na convivência e sociabilidade com outras crianças”, acentua.


Por: Isabela Lopes - Jornal O DIA
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