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Justiça manda recolher imagens de Bangu 8, onde Cabral está preso

Câmeras da unidade não estavam funcionando durante visitas aos presos.

26/03/2017 09:19

O ex-governador Sérgio Cabral recebeu visitas irregulares no presídio de Bangu 8 desde novembro, quando foi preso na Operação Calicute. Entre os visitantes, estão um dos filhos de Cabral, o deputado federal Marco Antônio Cabral (PMDB), além de aliados do partido e de outros deputados da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).

Nesta quinta-feira (23), o juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, da Vara de Execuções Penais do Rio (VEP), determinou o recolhimento das imagens do sistema de segurança do presídio de Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste. A medida foi tomada após a equipe de fiscalização da VEP constatar, em visitas regulares, que algumas câmeras da unidade não estavam funcionando.

Na unidade de Bangu 8, está o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e a maioria dos presos da operação Lava Jato do Rio. Em uma inspeção realizada no último dia 9, para apurar desentendimento entre dois presos, um agente penitenciário informou que uma das câmeras havia deixado de funcionar por certo período de tempo. E que quatro das 16 câmeras estavam sem funcionar. 

Nesta quinta-feira (23), ao cumprir a ordem de busca e apreensão de todos os dispositivos de armazenamento de imagens, referentes ao sistema de monitoramento de vigilância por vídeo, a equipe da VEP verificou que outras três câmeras não funcionavam. O juiz da Vara de Execuções Penais vai analisar o HD do equipamento para ver se ele contém imagens que podem mostrar possíveis irregularidades no presídio.

Preso desde novembro de 2016, na Operação Calicute, braço da Lava Jato no Rio, Sérgio Cabral chegou a ser transferido para Curitiba (PR) no ano passado, por determinação judicial, após ser constatado que o ex-governador estava recebendo regalias no presídio. Em dezembro, porém, o desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, ordenou o retorno de Cabral para Bangu, alegando que não havia provas de que houve privilégios para o peemedebista.

Fonte: Jornal do Brasil
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