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Juiz federal condena primeiro réu na Operação Zelotes

Halysson Carvalho foi condenado por extorsão; ele recorrerá em liberdade. Ele teria ameaçado outros réus para receber dívida de US$ 1,5 milhão.

11/03/2016 13:52

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, condenou nesta quinta-feira (10) o primeiro réu da Operação Zelotes. O ex-diretor da Fundação Cultural do Piauí (Fundac) Halysson Carvalho Silva foi condenado a 4 anos e 3 meses de reclusão no regime semi-aberto pelo crime de extorsão.

Segundo a denúncia, Silva teria ameaçado outros dois investigados na operação, Mauro Marcondes e Eduardo Ramos, para cobrar um pagamento atrasado de US$ 1,5 milhão do suposto esquema de compra e venda de medidas provisórias descoberto na Zelotes.

Conforme consta na denúncia, Silva teria feito ligações e enviado e-mails em tom ameaçador aos outros investigados cobrando a dívida.

Ele teria tentado extorquir Marcondes e Ramos em nome de outros lobistas também envolvidos no esquema.

Segundo a defesa de Hallyson Carvalho Silva, ele irá apelar da condenação em liberdade por motivos de saúde e, de acordo com os advogados, deve ser solto do presídio da Papuda, em Brasília, ainda nesta sexta (11).

Depoimento
Nesta sexta, a ex-assessora da Casa Civil Lytha Spíndola prestou depoimento à Justiça Federal e ao Ministério Público Federal, em Brasília. Ela é investigada por supostamente ter trabalhado, com um parecer técnico, pela aprovação de uma medida provisória que beneficiava empresas do setor automotivo.

Sobre a aprovação da MP, a ré negou ter atuado em favor das empresas do setor e disse não ter "influência política" para alterar um entendimento do governo.

Os investigadores encontraram R$ 2 milhões nas contas de dois filhos de Lytha Spíndola, depositados pela empresa de Mauro Marcondes, outro réu na Zelotes. Ela negou qualquer relação com a quantia recebida e disse que o dinheiro recebido por seus filhos é fruto dos serviços prestados pelo escritório de advocacia deles. Ela também disse que nunca recebeu dinheiro ilícito em sua conta bancária.

Fonte: G1
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