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Funcionário faz voos rasantes para 'homenagear' empresa e causa pânico

Alarme foi acionado e fábrica automotiva ficou paralisada por 1 hora.

21/06/2017 13:30

Um funcionário da fábrica automotiva Hutchinson deve prestar esclarecimentos à Polícia Civil de Casa Branca (SP) nesta quarta-feira (21) após sobrevoar a fábrica e causar pânico entre os colegas na tarde de terça-feira (20). O alarme do prédio chegou a disparar e as atividades ficaram paralisadas por 1 hora.

De acordo com o gerente da planta, o trabalhador foi contratado no último dia 8 e disse que queria fazer uma "homenagem" para a empresa, que contava com cerca de 420 pessoas no momento dos voos e ficou paralisada durante uma hora.

Risco

"É um risco muito grande, você vê pelas imagens a proximidade com o galpão da empresa. Não conseguir recuperar o avião é muito fácil, então poderia realmente ter ocorrido uma tragédia", disse o delegado seccional, Carlos Alberto Fiuza.


Voos assustaram funcionários de empresa em Casa Branca (Foto: VC no G1)

O gerente da fábrica, Ulisses Leandro Lanfredi, relatou que foram dois voos. "Por volta de meio-dia, o avião passou três ou quatro vezes. Depois, às 14h20, voltou e começou a fazer as manobras. Às 14h36, acionamos a sirene por causa do pânico dentro da fábrica, o pessoal com medo, se escondendo, tentando se abrigar em algum lugar porque tem muito equipamento, se acontecesse alguma coisa teria explosão, e às 15h08 ele foi embora".

Lanfredi contou que havia uma pessoa junto com o operador de produção, mas esse indivíduo não foi reconhecido, e que nos dois voos foi usado o mesmo avião. De acordo com a polícia, a aeronave foi alugada no aeroclube de São João da Boa Vista.

O gerente relatou ainda que, após os voos, o funcionário voltou para a fábrica, mas estava alterado e não conseguia dar muitas informações. "O que ele passou foi que queria fazer uma homenagem para a empresa".

O G1 ligou para o imóvel cadastrado no Boletim de Ocorrência, mas não conseguiu localizar o funcionário e tenta contato.


Polícia afirma que avião foi alugado em aeroclube de São João (Foto: VC no G1

Medidas

O delegado informou que o rapaz será ouvido nas próximas horas, que a polícia irá comunicar a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e que o piloto deverá ter a licença para pilotar cassada.

"Nós tipificamos como periclitação da vida, que é expor a vida do próximo a perigo, e também como crime contra a segurança aérea", afirmou Fiuza, explicando que essa caracterização pode mudar no decorrer da investigação.

Fonte: G1
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