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70% dos jovens afirmam que isolamento social impacta na saúde mental

A pesquisa analisou mais de 2.300 reflexões enviadas por jovens, com média de idade de 26 anos, de todas as regiões do Brasil, entre os dias 2 e 9 de julho.

25/08/2020 10:22

Um levantamento realizado pela  Eureca, mostra que para 70% dos jovens entrevistados, o isolamento social impactou negativamente sua segurança psicológica, trazendo sentimentos como ansiedade e nervosismo. A pesquisa analisou mais de 2.300 reflexões enviadas por jovens, com média de idade de 26 anos, de todas as regiões do Brasil, entre os dias 2 e 9 de julho. Com o  objetivo da pesquisa foi entender as práticas e hábitos mais relevantes da juventude brasileira em relação ao autocuidado e bem-estar, considerando os desafios impostos pela pandemia de Coronavírus. 

A maior parte dos jovens que se engajaram na pesquisa tem mantido alguma prática de autocuidado (74%). No entanto, a parcela da população jovem que não pratica qualquer atividade visando seu bem-estar de autocuidado (26%) é bastante representativa. Entretanto, quase todos (96%) responderam que gostariam de melhorar sua rotina de autocuidado, incorporando hábitos e práticas para se sentir melhor no dia-a-dia. 

Quando perguntados sobre como está sua saúde emocional nos últimos meses, metade dos respondentes afirma que sua saúde emocional poderia estar melhor, revelando necessidades de autocuidado. Uma relevante parte dos jovens classifica sua saúde mental como ruim (25,5%), enquanto quase metade dos respondentes (44,8%) afirmam que gostariam e poderiam estar melhor do que estão hoje. Apenas 10% dos jovens diz que sua saúde emocional apresentou algum tipo de melhoria nos últimos meses.

Quando comparadas as respostas dos que adotam hábitos de bem-estar e autocuidado com a situação atual da saúde emocional, fica clara a correlação direta, indicando uma necessidade de ajudar os jovens a incorporar práticas de autocuidado diariamente.

Entre os 10% que apresentaram melhoria na saúde emocional, 91,3% disseram adotar hábitos de autocuidado e bem estar; entre os que disseram estar “bem, mas poderia estar melhor”, essa porcentagem cai para 82,8%; assim como entre os que responderam “nem boa, nem ruim”, entre os quais, 67,4% têm esses hábitos; 58,5% entre os que consideram a saúde emocional “ruim, mas poderia estar pior”; e, finalmente, a menor porcentagem de hábitos de autocuidado (47,5%) foi apresentada entre os que consideram a saúde emocional “ruim e pior do que nunca”.     


Jovens afirmam que isolamento social causa ansiedade, diz pesquisa. Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

Principais hábitos adotados pelos jovens

Os principais hábitos de autocuidado e bem estar adotados pelos jovens participantes da pesquisa foram: entretenimento (52%); educação e habilidades (44%); leitura (41%); higiene e cosméticos (36%); exercício físico (36%); alimentação balanceada (30%); espiritualidade (27%); lazer (26%); cultura e artes (15%). Esse quadro reflete os hábitos mais acessíveis durante a pandemia, aumentando a participação de plataformas digitais e outros produtos de streaming para entretenimento, educação e desenvolvimento, enquanto hábitos de lazer e cultura foram despriorizados.

Outros hábitos de autocuidado destacados pelos jovens por meio de respostas abertas foram: tempo de qualidade com a família; Fear of Missing Out (FOMO), patologia psicológica que se produz pelo medo a ficar fora do mundo tecnológico ou a não se desenvolver ao mesmo ritmo que a tecnologia, indicando necessidade de desligar e ter uma rotina mais tranquila; cuidados com necessidades básicas (dormir melhor, por exemplo); inclusão e trabalho (necessidade de trabalhar, ser mais produtivo ou querer um emprego para ocupar a mente). 

Como os jovens estão investindo em bem estar e autocuidado?

Apesar da vontade, 1 em cada 3 jovens deseja investir mais em autocuidado e bem estar, entretanto, afirmaram não ter recursos suficientes para isso. Por outro lado, 40% dos jovens gostariam de investir mais nesses itens e possuem recursos para isso, mas podem estar aguardando algum tipo de estímulo ou clareza do que faz mais sentido para seu perfil ou necessidade. Apenas 13,6% dos jovens acredita que já investe o suficiente. 

Entre os aspectos priorizados pelos jovens na escolha do investimento em autocuidado, a percepção do valor da compra foi considerado o fator decisivo para 58,3%, seguido por retorno (quanto a compra fará bem para ele, 37%), preço (21,3%) e sustentabilidade (20,1%).

Em relação à frequência de compra de produtos de bem estar, 60% dos entrevistados disseram comprá-los pelo menos uma vez por mês. Entretanto, quase 35% dos jovens não consomem produtos de bem-estar mais que 4 vezes ao ano.

A correlação direta entre a frequência de consumo de produtos de bem-estar e saúde mental fica clara para os jovens que responderam a consulta. Os que disseram consumir mais de uma vez por mês foram os que apresentaram o maior índice de que a saúde mental ia bem (65%), indicando que quanto maior o consumo, melhores os benefícios para a saúde emocional.


Fonte: informações Ascom
Por: Sandy Swamy
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