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Teresina terá associação de proteção aos condenados

Teresina terá associação de proteção aos condenados

13/09/2017 13:15



O deputado Dr. Hélio (PR) disse hoje (13) no encerramento da audiência pública proposta por ele, que vai buscar junto ao Governo do Estado a cessão de um espaço público para a implantação da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC), uma entidade que funciona em vários estados brasileiros com excelentes índices de aprovação.


A APAC é uma entidade civil de direito privado, sem fins lucrativos, mantida por meio de convênios e doações de particulares, visando a reintegração social dos apenados, tratados de forma respeitosa. A redução de reincidência gira em torno de 10% a 15%, enquanto no sistema comum chega a 85%, sem contar o baixo custo uma vez que os internos passam o dia em atividades produtivas iniciada às 6 da manhã e terminando apenas à noite.

 

No Maranhão, em Timon, vizinho a Teresina há um exemplo que se destaca no Brasil e deve ser copiado pelo Piauí.  Durante a audiência, promotor de Justiça Fernando Morais, do Ministério Público do Maranhão, disse que a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados que funciona em Timon é uma das melhores do Brasil. Para ele, a entidade inspira ao setor comum devido aos resultados que são obtidos, sendo todo o tempo de permanência ocupado em atividades lícitas, que vão desde a higiene pessoal e do ambiente, refeições e a produção em hortas, oficinas de carpintaria e outros trabalhos manuais.

 

 

 

 

Nosso sistema beneficia a sociedade com um todo, defende promotor

 

 

Para o chefe da promotoria das execuções penais de Teresina, Elói Pereira Júnior, está provado que o sistema prisional não funciona no sentido de ressocializar. “O sistema priva a liberdade, mas não educa. Se gasta muito sem conseguir os objetivos. Esse novo trabalho que vamos colocar em prática protege a sociedade”, afirmou. Ele exemplificou que no sistema comum a visita limita-se a sexo, enquanto na APAC trata-se do planejamento familiar. “Não existe ociosidade, não existe coação. Já é passado o tempo de termos no Piauí essa nova metodologia”, afirmou.

 

A promotora Iraci Albuquerque destacou que o novo sistema servirá para toda a sociedade. Rayanna Araújo, supervisora das APACs no vizinho Estado, disse que é importante a oportunidade de investir em programa como esse.  Ela disse que o Estado tem 8.740 pessoas nos presídios e apenas 324 nas diversas APACs, mas tendência é que esse número aumente nos próximos meses.

Por fim, o defensor público do Maranhão, Cícero Sampaio, disse que grande parte dos condenados viveram em um ambiente hostil desde a tenra idade e quando vão para o presídio encontra o mesmo ambiente hostil. “Nunca souberam o que é o amor, mas na APAC encontram a essência da vida, sendo importante que essa necessidade de implantação se concretize no Piauí”, frisou.






Durvalino Leal – Edição : Katya D’Angelles 


Fonte: Alepi Fonte: Alepi
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