O deputado Robert Rios (PDT) considerou muito pobre a defesa apresentada pelo seu colega Cícero Magalhães (PT) diante da denúncia de fraudes na licitação e contratação de transporte escolar pela Secretaria Estadual de Educação, conforme auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado.

Para ele, dizer que o governo passado também roubou não justifica as denúncias que vão realizadas quase que todos os dias. Robert lembrou que o PT também participava do governo de Wilson Martins ocupando cargos importantes, saindo apenas no último momento.

“O próprio deputado Cícero Magalhães no primeiro instante era aliado porque era suplente. Passou a ser oposição apenas quando o deputado Paulo Martins foi eleito prefeito de Campo Maior e abriu a vaga na Assembleia para ele. Mas se o governo anterior roubou, o PT também participou desde 2011”, disse.

Para o deputado, se haviam malfeitores porque eles não foram denunciados. “A última oposição que teve aqui na Assembleia foi com Wellington Dias. Aquilo que era oposição. Ele se elegeu deputado federal nas costas do pai do presidente da Assembleia, Themístocles Sampaio, em cima da bandeira do Detran”, afirmou.

Em aparte, o deputado Dr. Pessoa (PSD) disse que o Piauí deve uma homenagem a Themístocles Sampaio, “um homem que lutava pelos maiores problemas do Brasil”.

Para Dr. Pessoa, em relação às denúncias contra o governo é preciso aumentar a transparência da aplicação dos recursos.

“Quem não deve não teme. Então deixa a investigação acontecer. O Tribunal de Contas, comandado pelo ex-deputado Olavo Rebelo, é duro. Isso porque quer um Piauí diferente, com mais respeito ao dinheiro público”, disse.

Ao final do pronunciamento, Robert Rios anunciou que vai entrar de licença médica para tratamento de saúde em São Paulo. “No próximo ano a batalha vai ser renhida contra essa organização criminosa que quer continuar no poder. E nós temos a obrigação de morar de livrar os piauienses disso”, afirmou.

Durvalino Leal - Edição: Katya D'Angelles