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"œUma das metas é municipalizar o abastecimento de água", diz prefeito

Zé Raimundo inicia primeira gestão e cita metas em entrevista ao ODIA

10/04/2017 10:26

Eleito com mais de 53% dos votos, José Raimundo (PP) é o novo prefeito de Oeiras, primeira capital do Estado do Piauí. Ele esteve visitando o Sistema ODIA de comunicação e em entrevista ao jornalista Zan Viana, citou como pretende levar a experiência que tem no ramo da iniciativa privada para a gestão pública. Zé Raimundo, como é conhecido, anunciou ainda quais serão as suas principais metas como gestor do município, falou sobre a Semana Santa e outras novidades. Confira a entrevista:

Como o senhor avalia estes três primeiros meses de gestão?

Está sendo muito prazeroso para mim ser prefeito da minha cidade, como você colocou é uma cidade histórica, bem estruturada... Este ano estaremos comemorando 300 anos de emancipação política do município. Para mim como gestor, neste momento está sendo muito prazeroso. Sabemos que nos dias de hoje, administrar uma cidade grande no Estado do Piauí é um desafio e apesar de estarmos vindo de uma gestão, como foi a do prefeito Lukano Sá, a qual eu também fiz parte, olho com muita preocupação no que diz respeito ao equilíbrio financeiro. Mas o tocante é você estar dando plenas condições de uma gestão funcionar plenamente. É você dar para a população a cidadania, seja ela na parte educacional, seja na saúde, infraestrutura... E no tocante todas as ações dirigidas pela prefeitura precisamos ter muita responsabilidade para que isso venha a acontecer sem termos um desequilíbrio financeiro.

Como o senhor recebeu o município de Oeiras das mãos do ex-gestor?

Olhe, tivemos a satisfação de receber um município equilibrado, com as finanças em dia e posso até afirmar para você que recebemos com dinheiro em caixa, o que é bastante inusitado, algo que não acontece quando um gestor passa para um sucessor... Então na cidade de Oeiras nós tivemos esta tranquilidade e por conta disso a instituição, logo que recebi funcionou toda ela sem nenhum atropelo. Por vir de um gestor alinhado com a responsabilidade, nós conseguimos dar andamento à gestão normalmente.

Qual está sendo o maior desafio na sua administração?

Por eu ter participado da gestão do prefeito Lukano, ele colocou várias metas administrativas. Sabemos que os 4 anos que ele esteve como gestor não foi suficiente para dar prosseguimento a muitas destas metas que por ventura o município ainda carece. Posso dizer que temos três grandes desafios, um deles é a municipalização do trânsito na cidade, outro é a criação da Secretaria do Meio Ambiente, e o grande foco da minha gestão que será a municipalização do sistema de abastecimento de água do município, que vem a ser a SAAE, uma autarquia que vai gerir essa parte de abastecimento e esgotamento sanitário que hoje é feito muito precariamente pela Agespisa. Já conversei com o governador sobre isso, ele olhou com bons olhos, pediu que avançássemos no sentido de promover essas ações e se prontificou a passar para o município o que vem a ser de domínio da Agespisa.

Apesar de ter começado com dinheiro em caixa, a crise que afeta o país afeto de alguma forma o município?

Posso dizer que ainda não senti este impacto, primeiro porque ainda está recente o início do nosso trabalho, e também por estarmos trabalhando com muito cuidado, muito zelo no que diz respeito a gestão dos recursos financeiros do município. Estamos tendo muito cuidado também nos avanços que estamos fazendo, pois não sabemos o dia de amanhã e infelizmente a economia do país está patinando.

Como tem sido a relação da sua gestão com o atual governador Wellington Dias?

De perfeita harmonia, ele esteve recentemente em Oeiras despachando conosco durante as comemorações do dia 24 de janeiro. Lá tivemos uma agenda administrativa onde ele autorizou inúmeros projetos em parceria com a prefeitura. Já estamos buscando conveniar estas ações e posteriormente realizar os processos licitatórios e num terceiro momento estar fazendo a execução destes projetos. São projetos na área de infraestrutura tanto para a zona urbana como para a zona rural. Também temos projetos culturais que visam o ano de 2017, onde estamos fazendo uma agenda em conjunto com a Secretaria de Estado da Cultura para que em dezembro façamos as comemorações dos 300 anos de Oeiras.

Como se deu a sua entrada na política?

É uma história, de certa forma duradoura. Eu hoje tenho 50 anos, mas tenho 35 de vida partidária, uma vida política bem forte que vem de família. Em Oeiras existem as famílias tradicionais na política e eu pertenço a um grupo que vem a 35 anos trabalhando esta parte política em Oeiras. Eu sempre tive participação nos bastidores, mas chegou o momento em que fui escolhido como candidato, o grupo achou que eu seria o melhor nome para disputar e hoje estou me doando como gestor em Oeiras, para fazer um bom trabalho e para que a cidade continue crescendo cada vez mais. Eu sou empresário da iniciativa privada e estou levando a minha experiência como administrador para a gestão pública.

Como o senhor percebe a aceitação da população de Oeiras já neste início de gestão?

Creio que esteja sendo satisfatório já que eu sou filho de Oeiras, nasci lá, me formei e voltei para a minha terra natal. E ao terminar a minha gestão vou continuar morando lá... Então por conta de tudo isto eu farei o melhor pela minha terra, para que ao terminar eu tenha consciência de que contribui dando melhores condições de vida para o meu povo.

Como a cidade vem se preparando para este período da Semana Santa?

É neste feriado que muitos filhos de Oeiras encontram a oportunidade de voltar a terra natal, rever a família, os amigos. A cidade também recebe muitos romeiros, muitos turistas. Oeiras conta hoje com uma rede hoteleira já bem sólida, bem ampliada e temos o sistema Sesc que dá um suporte, fazendo com que as pessoas que vão até lá possam se acomodarem. A cidade recebeu agora recente um novo bispo e os fiéis católicos estão em fervor por conta disto, a cidade estará preparada para receber a todos que cheguem em Oeiras.

Fotos: Jailson Soares

Edição: Geysa Silva
Por: Geysa Silva e Zan Viana
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