A defensora pública Karla Araújo de Andrade Leite, titular da 2ª Defensoria Pública Regional de Oeiras, proferiu palestra em evento organizado pela Prefeitura Municipal de Oeiras, envolvendo várias secretarias e em parceria com a OAB-PI Subseção Oeiras, no qual foi discutido o empoderamento feminino e o fim da violência contra a mulher. A palestra teve como público-alvo as mulheres residentes no bairro Jureminha e vilas Santa Teresa e Leme.

Na oportunidade a defensora abordou a importância dos movimentos sociais na luta pelo fim das diferenças de gênero e destacou o posicionamento da Defensoria Pública no encorajamento para que as mulheres não tolerem nem se submetam a qualquer forma de violência. "Falei que essa luta é coletiva, mas também individual e que é importante e, na verdade indispensável, que não se tolere as violências, sejam elas física, psicológica, sexual, patrimonial, etc, seja dentro da nossa casa ou do nosso ambiente social", diz Karla Andrade.

A defensora afirma que seu discurso foi inspirado em uma frase da poetisa belga Marguerite Yourcenar, segundo a qual "A condição das mulheres é determinada por estranhos costumes: elas são ao mesmo tempo dominadas e protegidas, fracas e poderosas, excessivamente desprezadas e excessivamente respeitadas". "Porque nos casos de violência esse respeito só vai existir se a mulher não se submeter as decisões do parceiro", destaca Karla Andrade.

Segundo a defensora, a palestra foi bem aceita pela comunidades, repercutindo positivamente, o que pode ser mensurado através do depoimento de um garoto participante que pediu para se manifestar e declarou que jamais agredirá qualquer mulher.

Ao final a defensora ofereceu o apoio da DPE-PI a todas as mulheres que se enquadrem no perfil dos assistidos pela Instituição e queiram denunciar qualquer tipo de abuso ou violência. "Enfatizei que é com esse tipo de iniciativa, denunciar, fazer valer seus direitos, que conseguiremos alcançar os objetivos. Podemos até não mudar completamente o cenário hoje, mas cada passo é decisivo para mudar o futuro. Ali a Defensoria se apresentou como um local de apoio jurídico e emocional. Dialoguei com elas como Defensora e como mulher, naquele clima de união faz a força", finaliza Karla Andrade.

Fonte: Ascom