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Polícia suspende enterro no PI após suspeita de que vítima foi assassinada

Proprietário de funerária denunciou que vítima apresentava várias lesões. Família chegou a informar que homem tinha cometido suícidio.

10/01/2016 12:38

O corpo de um homem foi removido pela Polícia Civil de dentro do caixão na manhã desta quinta-feira (7) quando era levado ao cemitério na cidade de Gilbués, a 797 km de Teresina. O fato aconteceu após a denúncia de que a vítima teria sido assassinada, e não cometido suicídio, como havia informado a família.

Segundo o delegado Moisés Aragão, da Delegacia de Corrente, a primeira informação que chegou à polícia foi de que um homem de 40 anos havia sido achado morto em um matagal na quarta-feira (6) e que teria atentado contra a própria vida. No entanto, ao ajeitar o corpo para o velório os funcionários da funerária identificaram marcas de quatro facadas no pescoço da vítima e uma pancada forte na cabeça.

"O proprietário da funerária suspeitou do caso e fez a denúncia. Deslocamos uma equipe até o local para apurar o que realmente aconteceu. Acho estranho ser suicídio. Uma pessoa não seria capaz de fazer várias perfurações no próprio pescoço e ainda aplicar uma machadada na cabeça sozinho", avaliou o delegado.

O comandante do Grupamento da Polícia Militar de Gilbués, tenente Getúlio Salviano, informou que a família procurava a vítima há dois dias e devido ao estado avançado de decomposição do corpo não foi feito perícia.

"O homem foi levado diretamente para a funerária e o caixão estava de saída para o cemitério, quando o delegado deu ordem para interromper a cerimônia. Estamos aguardando a perícia chegar para analisar o corpo e o local onde ele foi encontrado", falou o comandante.

Um inquérito policial foi aberto para apurar as causas da morte.

Caso semelhante
Um caso bem parecido com o que ocorreu em Gilbués aconteceu na última semana de dezembro do ano passado em Cocal, Norte do estado. O corpo de uma senhora de 69 anos foi retirado de dentro caixão enquanto era velado pelos familiares. Um irmão da vítima denunciou à Polícia Civil que uma filha da idosa a agredia constantemente e que os maus-tratos poderiam ter causado a morte.

O corpo foi enviado para a realização de exames periciais em Parnaíba, no litoral, mas não foi identificada a causa morte do pescoço para baixo e como o Instituto de Medicina Legal (IML) de Parnaíba não realiza exames na cabeça, o corpo foi enviado para o IML de Teresina. O laudo ainda está sendo aguardado.


Fonte: Catarina Costa Do G1 PI
Edição: Henrique Guerra
Por: Henrique Guerra
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