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Mulher com transtorno mental é amarrada e agredida no Sul do Piauí

Principais suspeitos são o vice-prefeito de Gilbués e um empresário. Mulher teria se agitado ao cobrar troco em um restaurante, disse a polícia.

22/11/2016 18:15

 

G1 recebeu um vídeo cujas imagens mostram o momento em que uma mulher é agredida em Gilbués, extremo Sul do Piauí. O fato aconteceu na tarde de segunda-feira (21) e revoltou a população. Segundo os moradores, a vítima tem transtornos mentais e diariamente vai à cidade. Pessoas que presenciaram as agressões e a polícia disseram que entre os suspeitos de bater e amarrar a mulher estão o vice-prefeito da cidade e um empresário que é seu sócio.

De acordo com o que foi relatado pelos moradores, a mulher estava almoçando em um restaurante próximo ao estabelecimento comercial dos dois homens que aparecem no vídeo cometendo as agressões e tentando amarrá-la. Ela teria se agitado por, supostamente, não receber o troco.

A partir daí, as agressões continuaram. No vídeo enviado ao G1, os dois homens aparecem agredindo a mulher. Ela se contorce tentando evitar que seja amarrada e sofre mais espancamentos. Quem presenciou o ato ficou revoltado. A Polícia Militar chegou a ser acionada, mas os suspeitos já não estavam mais presentes.

O comandante da Polícia Militar em Gilbués, tenente Getúlio Salviano, disse que chegou ao local momentos após a mulher se agitar no restaurante, chegou a dar um remédio para que ela se acalmasse e saiu. No entanto, momentos depois a polícia voltou a ser acionada e já encontrou a vítima desamarrada. Ele garantiu que a vítima será submetida a exame de corpo de delito ainda nesta terça-feira (22).

"Na tarde de hoje, vamos levá-la até a cidade de Corrente, onde é possível fazer o exame”, afirmou o comandante.

“Todo mundo está em choque. Gilbués está indignada com essa situação. Estamos à mercê de tudo. Sabemos que essa moça tem transtornos mentais e não merecia ser agredida e exposta dessa forma”, disse um morador que prefere não ser identificado.

Os moradores cobram providências. Neide Vieira, comerciante e advogada, presenciou as agressões e segundo ela, “o excesso foi muito grande”. "Não prenderam em flagrante, pois não presenciaram a cena dela sendo agredida e amarrada. Saiu até sangue da boca dela", relatou.

“Presenciei na hora que um deles estava com o pé na cabeça dela. No hospital fizeram curativos, mas a polícia não fez exame de corpo de delito, pois numa eventual representação é a única prova de que teve lesão corporal”, relatou ainda a comerciante.

G1 tentou entrar em contato com o vice-prefeito e seu sócio, mas até o momento da publicação nenhum dos envolvidos foi encontrado para comentar o assunto.

Fonte: Beto Marques Do G1 PI
Edição: Henrique Guerra
Por: Henrique Guerra
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