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Vereadores visitam obras de centro de convenções e atestam irregularidades

Além das deficiências físicas constatadas na obra, foi verificado irregularidades na segurança dos trabalhadores

14/05/2015 22:21

Uma comissão composta por quatro vereadores do município de Corrente, visitaram na tarde da última segunda-feira (11), as obras do centro de convenções e eventos, após denúncias de irregularidades. A obra que já está atrasada teve inicio no dia 13 de outubro de 2014 e tinha prazo de execução de 180 dias, mas ainda continua na base. Estiveram na visita os vereadores Dionizio Junior (PMDB), Gilmário Lustosa (PSB), Luís Augusto (PP) e Tony (PSDB).

Após chegar ao local, os parlamentares foram recebidos pelo mestre de obras Alexandre Louzeiro, que de inicio respondeu aos questionamentos dos vereadores, pouco tempo depois, após uma ligação para o engenheiro da empresa, segundo ele para um homem chamado Junior, foi orientado a não mais sanar as dúvidas. De acordo com o mestre várias modificações estão sendo feitas na base da obra, como no palco que é padrão e saiu menor, e em uma viga de sustentação de uma escada. Questionados pelos vereadores sobre a origem do aterro que foi colocado na construção, ninguém na obra soube informar.

Além das deficiências físicas constatadas na obra, foi verificado irregularidades na segurança dos trabalhadores. Cerca de 10 homens trabalham na construção do centro de convenção, eles informaram que as carteiras de trabalhos foram recolhidas no inicio da obra para assinatura e ate àquela data a empresa não havia devolvido. Os vereadores flagraram trabalhadores usando shorts, e trabalhando sem equipamentos de proteção tais como luva, óculos, protetor auricular, capacetes, botas, contrariando o que diz as placas com informações sobre o uso obrigatório dos equipamentos.

Os parlamentares pediram ao mestre de obras a planta do projeto, mas o documento foi negado, ao ligar para o engenheiro da empresa, foram orientados a procurar o engenheiro Ubirajara e Mússio para ter acesso a tal documento. O clima que já estava quente subiu mais ainda na obra com a chegada do secretário de Administração do município, que também disse para o mestre de obras não mostrar a planta do projeto para os vereadores e acabou batendo boca com o vereador Luís Augusto.

Quem também compareceu a obra foi o secretário de Urbanismo e Trânsito Narciso Amaral, que contou aos parlamentares que o problema se deu, quando uma pessoa que se identificou como engenheiro da empresa, trocou os pilares da obra sem o conhecimento para fazer a leitura do projeto. “Esse projeto a parte estrutural dele foi feita em João Pessoa, a parte do projeto de engenharia o resto arquitetônico foi feito em Teresina, no inicio da obra o pessoal encomendou direto acho que na Ferro Norte a estrutura toda pronta já, quando chegou aqui a pessoa que estava responsável trocou alguns pilares de lugar, acho que o cara não sabia fazer a leitura do projeto. Veio uma pessoa pra ser o responsável pela obra que chegou aqui e se identificou como engenheiro, então ele é quem estava comandando tudo, depois nós descobrimos que ele não era engenheiro”. Afirmou.

O vereador Tony, contou que após denúncias os parlamentares foram ate à obra e constataram in loco as irregularidades. “Recebemos algumas informações de algumas irregularidades na obra e como nosso papel, um deles é fiscalizar, e aqui a olho nu nós vimos algumas irregularidades, tanto que estão desmanchando alguns pilares, algumas estruturas baixas pra reformular. Logo que nós estamos aqui chegou o secretario de administração senhor Salmom Filho, ficou um pouco nervoso admiro porque esse nervosismo que não de que, se as coisas estão correndo bem, tudo certo pra que ficar nervoso?”. Disse.

O vereador Gilmário Lustosa, disse que os parlamentares tem o direito de ter acesso à documentação de qualquer obra em andamento no município. “Eu acho assim que o vereador ele tem o direito de ver essa parte de documentação de qualquer obra existente no município ate porque ele é o fiscal do povo, então porque não deixar o vereador verificar essa parte da planta da obra? Isso ai eu acho que não procede tem que ter esse aval do poder executivo com o poder legislativo. Eu acho que dessa forma não vai ter como dar andamento em obra querendo esconder algumas coisas que e de importância do vereador de fazer o papel de fiscalizar”. Afirmou.

Edição: Alessandro Guerra
Por: Alessandro Guerra
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