VIDA POLÍTICA

  • Partido:
    • Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) do Piauí
  • Filiações partidárias anteriores: 
    • Não respondeu
  • Com quantos anos ingressou na política? 
    • Ingressei ainda jovem nos movimentos estudantis, com cerca de 17 anos.
  • Motivação para ingressar na política: 
    • Trabalhar pelos direitos coletivos.
  • É de família com tradição na política? 
    • Sim
  • Cargos assumidos na carreira profissional: 
    • Servidor público de carreira, já ocupou os cargos de Secretário de Planejamento do Estado do Piauí, presidente do Conselho Diretor do Centro de Apoio a Pequenos Empreendimentos – CEAPE/PI, diretor da Unidade de Pesquisa da Embrapa/PI, assessor do Conselho Deliberativo do Sebrae, técnico da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste(SUDENE,), e Secretário do Trabalho, Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turístico do Piauí.
  • Cargos assumidos na carreira política: 
    • Vice-prefeito e prefeito de Teresina.

OPINIÕES SOBRE TEMAS POLÊMICOS

  • Aborto
    • Respeito a legislação que está aí.
  • Casamento civil homossexual
    • A sociedade é dinâmica. As leis também precisam acompanhar as mudanças.Tanto assim que a união civil entre pessoas do mesmo sexo é admitida no país, desde que o Supremo equiparou, em maio do ano passado, as relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis entre homens e mulheres. Então, não parece ser o caso de ser contra ou a favor, mas de aceitar as transformações da sociedade.
  • Maioridade penal
    • A questão dos jovens que cometem delitos não pode ser vista somente por este ângulo, da consequência, da punição. É fundamental agir primeiro para a recuperação do jovem em conflito com a lei, como está no Estatuto da Criança e do Adolescente, além de reduzir as causas que levam jovens à criminalidade e à violência. Claramente sabemos que há muitos problemas que levam os jovens à droga. Então, a questão não é somente reduzir a maioridade penal, mas tornar eficiente o aparato do Estado e de organizações da sociedade para prevenir a delinquência juvenil, bem como obter maior êxito na recuperação do menor que se envolve em práticas delituosas. A escola do crime não é melhor que a escola que forma bons cidadãos.
  • Programas assistenciais
    • Não chamo programas como o Bolsa Família de assistencialista, mas inclusivo, transformador. Eles garantem muito mais que uma renda mínima para pessoas que têm muito pouco ou quase nada: garantem criança na escola, a prevenção da saúde, a capacitação dos pais, a moradia, enfim, são programas que mudaram o perfil do Piauí. São programas que devem ser mantidos, sem prejuízo de políticas públicas que criem mais emprego e renda, fazendo cair o número de brasileiros atendidos por esta rede de proteção social.
  • Cotas sociais e raciais
    • São necessárias para vencermos diferenças históricas que segregaram segmentos da sociedade. Devem seguir como uma política de ação afirmativa para que um crescente número de brasileiros historicamente segregados possa estudar, viver melhor e contribuir para o progresso social e econômico do país.
  • Papel da mulher da sociedade
    • Quando fui prefeito, as mulheres ocuparam a maioria dos cargos de direção, chefia, planejamento e gestão. Isso certamente contribuiu muito para que eu pudesse fazer tanto em tão pouco tempo. No Senado, quero estar lado a lado daqueles que defendem uma maior participação feminina na política, na economia e na administração pública.
  • Tolerância religiosa
    • Toda forma de fé deve ser respeitada.
  • Descriminalização da maconha
    • As experiências internacionais, a mais recente é do Uruguai, não são conclusivas: não diminui o tráfico nem a oferta de outras drogas mais pesadas. Acho que temos de combater o tráfico de drogas e oferecer oportunidades para que os jovens não sejam dominados pelas drogas e, se entrarem, encontrem uma porta de saída.

PROPOSTAS E SOLUÇÕES

  • Saúde
    • O problema da saúde no Piauí é que tudo tem que ser resolvido em Teresina, e nós não temos mais capacidade de atender a toda essa demanda, comprometendo o atendimento dos próprios teresinenses. É preciso descentralizar o atendimento e levar resolubilidade para mais perto da população do interior. Vou apoiar Wellington que tem como compromisso criar centros de referência em diagnósticos, média e alta complexidades em todos os territórios piauienses. É uma proposta inovadora e arrojada, muito além dos hospitais regionais que estão aí funcionando precariamente.
  • Educação
    • Eu defendo a política de educação do programa de Governo de Wellington que visa oferecer à sociedade uma escola pública de qualidade em todos os níveis, da pré-escola ao ensino superior, em todos os territórios piauienses. Defendo a Escola de Tempo Integral e o Ensino Técnico-profissionalizante com cursos voltados para a realidade de cada região. Defendo a valorização do magistério e a capacitação profissional, afinal, a boa escola começa por bons professores e educadores, motivados, capacitados, com remuneração digna, concursados, com carreira de cargos e salários, política, aliás, que eu coloquei em prática em Teresina quando fui prefeito. Com os recursos do Pré-Sal e a aprovação do Plano Nacional da Educação que destina no mínimo 10% do PIB para a Educação, o problema dessa área não será falta de recursos mas uma boa gestão.
  • Mobilidade urbana
    • Mobilidade urbana hoje é um problema que não está mais restrito às grandes cidades, mas atinge também os municípios de médio porte. Como fui prefeito da capital piauiense sei que a prefeitura não tem condições de resolver sozinha os problemas de mobilidade. Muita coisa precisa ser feita em parceria com o Estado ou com o Governo Federal, através do PAC Mobilidade. Vou usar minha experiência em desenvolver projetos, em tirar projetos do papel e em atrair recursos para ajudar os municípios. Não se pode depender de emendas de bancada. Há recursos no Tesouro, nas instituições de crédito nacionais e internacionais. Vou ser o Senador das Cidades.
  • Segurança
    • A violência hoje é um problema nacional, não tem como ser resolvido só pelos Estados. Temos de combater as causas e não só ficar cuidando das consequências – o aumento da criminalidade generalizada: drogas, assaltos, roubos, homicídios. É preciso ter uma política nacional de segurança, com a integração de esforços e de poderes, a parceria de todos, e sobretudo com mais recursos para que os estados possam desenvolver suas estratégias. Há um déficit enorme de policiais no Piauí, faltam delegados, a estrutura de delegacias é precária, os presídios estão lotados, enfim, estamos entregues à própria sorte. E o estado não tem recursos para mudar esse quadro, essa é a realidade. Por outro lado, a polícia prende e a justiça solta – seja por falhas nos procedimentos como pela própria natureza das leis, extremamente brandas. Ou seja, temos de buscar soluções no Executivo, no Legislativo e no Judiciário.
  • Economia
    • Fui Secretário do Trabalho e Desenvolvimento Econômico, dediquei a minha vida ao desenvolvimento econômico e social. Considero o Piauí um estado com todas as condições para dar um grande salto na economia, seja de forma macro – como a exploração das enormes potencialidades como o agronegócio, energias renováveis e mineração, como até mesmo pelo desenvolvimento de cadeias produtivas que envolvem pequenos produtores e empreendedores. Por outro lado, temos de buscar empregos de qualidade e oportunidades para nossos jovens. Defendo polos de desenvolvimento regionais que aproveitem as potencialidades locais. É a melhor forma de distribuir o progresso por todo o estado.
  • Desigualdade social
    • Avançamos como nunca nos últimos 15 anos, especialmente no governo Wellington Dias, e esse feito é inclusive um exemplo mundial. Mas o atraso histórico que o Piauí viveu exige um gigantesco esforço para poder transformar nossos indicadores. Precisamos elevar o nosso nível de escolaridade, que é o principal fator de mobilidade social, e possibilitar oportunidades para que todos possam crescer e melhorar de vida, com capacitação para o trabalho, geração de emprego e renda nos quatro cantos do Estado.
  • Problemas da seca
    • Tive a oportunidade de trabalhar em órgãos ligados ao desenvolvimento da nossa região, como a SUDENE e a EMBRAPA. Nessas duas instituições, pude acompanhar de perto trabalhos de pesquisas e de ações de convivência com a seca, como a implantação da cajucultura e da apicultura no Piauí, logo após a terrível seca de 1970. Além disso, quando fui Secretário do Planejamento do Estado, desenvolvemos o Programa Dom Avelar, como uma ação do Programa de Apoio do Pequeno Produtor, que levou muitos benefícios e melhorias ao campo de forma sustentável.
    • Como engenheiro agrônomo e com experiência nessas áreas considero inadmissível em pleno século XXI ainda estarmos com a indústria do carro pipa, com os pequenos agricultores perdendo rebanhos e plantações. Há tecnologia e soluções, falta decisão política para acabar de vez com esse problema.
    • No Senado, vou levantar esse debate juntamente com a bancada nordestina, já que muitas decisões precisam ser tomadas de forma integrada, como a transposição e interligação de bacias hidrográficas, a troca de experiências, enfim. E vou buscar os meios necessários para ajudar o governador Wellington Dias, que tem compromisso nessa área.
  • Turismo
    • Não respondeu.
  • Meio ambiente
    • O Piauí foi abençoado com uma rica biodiversidade. Temos biomas da caatinga, do cerrado, dos cocais e até da mata atlântica. Temos recursos hídricos generosos. Por outro lado, temos também áreas preocupantes de desertificação, nossos rios estão morrendo e nossas matas estão sendo transformadas em carvão para alimentar siderúrgicas de outros estados. Ou seja, temos um complexo quadro em que, de um lado, precisamos preservar e revitalizar, e de outro temos de ver o aproveitamento racional e sustentável desses recursos para podermos superar nosso atraso histórico.
    • Defendo a criação de áreas de preservação ambiental, a preservação das nascentes, a revitalização dos rios (desde a recomposição das matas ciliares ao saneamento das cidades ribeirinhas – como foi iniciado no Governo Wellington. Precisamos ser rigorosos nessa questão, sem impedir o desenvolvimento do estado. Afinal, a pobreza também causa graves problemas ambientais. 

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