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Filipe Luís e Casemiro são os melhores brasileiros dentre os finalistas da Champions League

Os jogadores de Real e Atlético de Madrid foram os que mais influenciaram no estilo de jogo. Confira a comparação geral!

25/05/2016 21:03


GOAL Por Tauan Ambrosio 

A fase de grupos da Champions League 2015-16 começou com número superior ao de 60 brasileiros, mas 12 partidas depois restam apenas quatro. Marcelo, Casemiro e Danilo defendem a camisa do Real Madrid, Filipe Luís é o único brasuca do Atleti.

Dentre eles, Marcelo e Filipe Luís são os mais exaltados pelas respectivas torcidas. Ambos jogam na lateral esquerda, contam com respeito e grande admiração dos torcedores e levantam um difícil debate sobre quem é o melhor.

Casemiro representa a volta por cima. Defendeu a camisa do Real Madrid, foi emprestado para o Porto e, após grande destaque, foi recontratado. Três nomes que podem até mesmo servir como espelho para Danilo, perseguido e criticado por torcida e parte da imprensa espanhola. O lateral-direito, também ex-Porto, perdeu sua vaga entre os titulares e foi quem menos participou da campanha até a decisão, considerando os seus conterrâneos finalistas.

De qualquer maneira, cada um destes jogadores – todos com passagem pela Seleção Brasileira – contribuíram de alguma forma para que os dois gigantes de Madri se reencontrassem na decisão do principal torneio de clubes da Europa. Mas qual deles foi o mais importante, levando em consideração todas as fases do jogo?


DEFESA: CASEMIRO, O PAREDÃO DE MADRI


A primeira grande preocupação de Casemiro, Marcelo, Danilo e Filipe Luís é a parte defensiva. Afinal de contas estamos falando de um meio-campista de contenção, além de três laterais. Defensivamente, Casemiro é quem mais desarma adversários com sucesso: 22 desarmes contra 18 do segundo colocado Filipe Luís.

Considerado um lateral de características mais ofensivas do que Filipe Luís, Marcelo impressiona no aproveitamento que tem nos desarmes. O camisa 12 do Real não é líder neste quesito, e nem tem, por exemplo, o volume de trabalho de seu rival – por causa da diferente característica de jogo dos times. Entretanto, é quem apresenta o melhor aproveitamento: em 11 tentativas, se deu bem nove vezes! Sucesso de 81,82%.

Nas divididas, quem levou a melhor foi o jogador do Atlético de Madrid. Filipe Luís teve sucesso em 61,54% dos duelos, número ligeiramente superior ao de Casemiro. No entanto, o volante é quem mais devolve a posse de bola para o seu time. Somando interceptações de passes e recuperações, o jogador revelado pelo São Paulo tem 87 ocasiões contra 71 de Marcelo, 65 de Filipe Luís e 25 de Danilo.

É o brasileiro que mais desarma entre os finalistas, e quem mais recupera bolas e intercepta passes. Na parte defensiva, ninguém nascido na terra que tem palmeiras cantou mais de sabiá do que o camisa 14 da equipe treinada por Zidane. Não é à toa que Zizou faz questão de exaltar o trabalho de Casemiro.


TRANSIÇÃO DEFESA/ATAQUE: FILIPE LUÍS É OBJETIVIDADE PURA!


Casemiro é um volante de bom passe, que joga protegendo a zaga. O mapa de calor do meio-campista costumeiramente é mais forte na área entre os zagueiros. É parte fundamental na transição de jogo do Real Madrid. Até por isso, é quem mais recebeu a bola (757 vezes) dentre os seus compatriotas finalistas.

Ele também é quem mais distribuiu passes (601) e só não tem aproveitamento melhor do que Danilo (87,97%), que teve menos oportunidades... e bem menos passes dados. Mas Filipe Luís é quem mais aparece como protagonista dentro das características pedidas pelo seu time.

Com o seu excelente senso de posicionamento, sabe muito bem a hora certa para subir ao ataque. E sabe fazer a bola chegar na intermediária adversária: 143 de seus 418 passes chegaram com sucesso nas cercanias da grande área. É um número melhor do que o de todos os seus compatriotas que estarão sábado (28) no San Siro. Filipe é essencial nos contragolpes letais da equipe de Diego Simeone.


PARTE OFENSIVA: FALTA UM GOLZINHO, HEIM PESSOAL?


Nenhum dos finalistas colocou a bola estrelada no fundo das redes até agora (Foto: Getty Images)

Casemiro e Marcelo disputaram dez dos 12 jogos do Real Madrid até a decisão. Foram os jogadores que mais vezes estiveram em campo, embora Filipe Luís tenha sido quem mais passou tempo nos gramados (840 minutos nas 9 partidas que disputou). Danilo participou de seis jogos, cinco como titular até perder a posição para Carvajal.

No entanto, nenhum deles marcou gols. Danilo e Marcelo foram os únicos que participaram com assistências: ou seja, contribuíram efetivamente para a bola terminar no fundo das redes – mesmo que a arte final tenha saído dos pés de outros. Casemiro e Marcelo, os titulares do Real Madrid, foram os que mais criaram oportunidades. Foram 12 chances saídas dos pés de Marcelo e uma a menos das chuteiras de Casemiro.

Nos cruzamentos, o volante tem o melhor aproveitamento (50%). Mas foram somente duas tentativas, então o destaque fica com Marcelo. No total, foram oito cruzamentos certos e 24 errados (25% de sucesso); Filipe Luís acertou cinco em 30 tentativas (25%). Danilo não acertou nenhuma das 14 tentativas.

Se Marcelo surpreende na parte defensiva, considerando o que falam sobre a sua característica de jogo, o mesmo raciocínio vale para Filipe Luís. O camisa 3 do Atleti é quem mais leva perigo em chutes a gol: em quatro arremates, somente um não foi bloqueado pelos adversários e dois acertaram o alvo. Ou seja, em 66,67% das vezes que busca arriscar o chute, o goleiro precisa ficar bem atento.

Marcelo arriscou 14 chutes e somente quatro foram bloqueados. No entanto, apenas dois foram no gol. Dentre os brasileiros que estão na decisão, é quem tem o menor aproveitamento. Sábado, Marcelo, Filipe Luís, Casemiro e Danilo terão mais uma chance para balançar as redes. Afinal de contas, nas últimas duas edições de Champions League brasileiros (Neymar e o próprio Marcelo) estufaram as redes. E correr para o abraço é sempre bom!

Fonte: Esporte interativo
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