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Exclusivo: Falcão vê Messi um "pouquinho" à frente de Neymar e analisa era Tite

Um dos maiores meio-campistas do futebol brasileiro relembrou duelos contra a Albiceleste e projetou o clássico desta quinta (10)

09/11/2016 16:00

 

Pelo lado argentino não se pode dizer o mesmo, a Albiceleste ocupa a sexta colocação e precisa da vitória para acalmar os ânimos e seguir sonhando com uma vaga na Copa do Mundo.

 

A partida que acontecerá no estádio do Mineirão está cheia de ingredientes especiais. O duelo entre Neymar e Messi, os grandes coadjuvantes das duas equipes, o reencontro do Brasil com o estádio dos 7 a 1 e, claro, o fato de ser um Superclássico já fala por si só.

 


(Foto: André Mourão / MoWa Press / Divulgação)

 

As duas maiores potências do futebol sul-americano já protagonizaram jogos históricos de campeonatos menores até Copa do Mundo. Em entrevista exclusiva à Brasil Global Tour, Paulo Roberto Falcão, o mais elegante entre os meio-campistas do futebol brasileiro relembrou um confronto de 1972, pelas seleções de base. 

 

O duelo aconteceu no torneio de Cannes, um dos mais tradicionais campeonatos de base do mundo, era considerado o mundial da categoria e o Brasil derrotou os argentinos por 2 a 1 na grande decisão faturando mais um título do torneio, era o primeiro daquele que se tornaria um ícone de bom futebol e elegância dentro de campo, não atoa também se tornou o rei de Roma anos mais tarde.

 

"Brasil e Argentina é sempre um jogo a parte, o clássico da América do Sul, pela rivalidade carrega esse diferencial. Eu já joguei várias vezes, mas em 1972, em Cannes, foi um jogo marcante porque eu tinha 18 anos. O Brasil e Argentina de 1982 também foi marcante, é sempre um jogo diferente, sempre complicado".

 

Experiente no assunto, Falcão também comentou o que podemos esperar do duelo desta quinta-feira, no Mineirão. Ele ressaltou a qualidade da equipe de Edgardo Bauza do meio para frente.

 


(Foto: Getty Images)

 

"O jogo vai ser difícil, como sempre foi. De marcação e disputa pelo espaço no meio-campo. A Argentina é de muita luta, marcação e do meio pra frente tem muita qualidade. Vamos ver se o Brasil consegue manter a consistência".

 

Abaixo, confira o bate-papo completo com o eterno ídolo da Canarinho:

 

O grande início da Era Tite

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(Foto: Lucas Figueiredo / MoWa Press / Divulgação)

 

"A gente tem que tomar cuidado para não ser muito apressado na crítica e no elogio, sempre tive esse cuidado. Acho que a Seleção conseguiu resultados excelentes que da calma, segurança aos jogadores, se vai continuar assim não sei mas o futebol é feito de altos e baixos, esse jogo de quinta não deixa de ser um teste forte, um jogo de muita pegada. Eu gostei da Seleção nos últimos jogos, jogou bem, construiu bem".

 

Neymar ou Messi?

 


(Foto: Getty Images)

 

"Acho que o Neymar vai ter condições de ser o melhor do mundo daqui há um ou dois anos, é nosso grande talento, nosso craque, o diferencial. Mas acho que o Messi está um pouquinho a frente, as comparações são muito ruins porque são jogadores diferentes, com outro perfil, mas são dois craques. O Messi tem a vantagem porque já tem mais idade, o Neymar ainda vai crescer muito".

 

Dificuldade para chegar numa Copa do Mundo

 


(Foto: Getty Images)

 

"Eu acho que a vantagem desse ano é que tem Eliminatórias, acho que não tendo não faz o time não chegar bem mas ela acaba dando condições de preparar bem o time, porque são jogos importantes que se buscam classificação. Tem a condição de preparar o time para jogos difícies e isso deixa a equipe encorpar e chegar mais preparada".

 

Época em que comandou a Seleção Brasileira

 

"Eu fui técnico num momento em que a Seleção não tinha uma safra muito extensa, meu trabalho em busca de descobrir novos talentos. Era um momento de laboratório, a renovação quando não tem jogadores você tem que buscar, o que foi o meu caso, mas quando você tem que renovar e tem jogadores que é o caso de hoje em dia é diferente. Nós conseguimos descobrir o Cafu, o Márcio Santos, Leonardo e vários outros jogadores que acabaram sendo titulares da Seleção campeã do mundo em 1994".

 

Pressão por resultados na Seleção

 


(Foto: Getty Images)

 

"É sempre muito bom treinar a Seleção, é o maior expoente do futebol no país, o futebol, até as vezes exageradamente, nos encaminha na sociedade e isso faz com que existe muita exigência. A exigência é para que se continue jogando bem como antigamente, a Seleção representa o país. O Brasil é respeitado no mundo a fora muito se deve ao futebol, que aproximou, que fez o Brasil ser elogiado e reconhecido, por isso é tão importante no país".

 

As eternas favoritas

 

"Quando você tiver 50 anos e me perguntar quem são os favoritos para ganhar a Copa do Mundo eu não sei quem ser[a mas com certeza Brasil, Argentina, Alemanha e Itália estarão lá". 
Fonte: Esporte interativo
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